segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

´Um rato´ de sabedoria

Calma, não é nada do que você está pensando. O título sugere, mas engana. O que eu quero dizer neste post, na realidade, é o quanto os idiomas confundem. Estive no Chile na semana passada e me diverti com as diferenças de significados de algumas palavras. Rato é uma delas.
Se alguém no Chile, Argentina, ou em qualquer país sul-americano, falar para você UM RATO, não precisa sair correndo, nem dê chilique. Um rato nada mais é que um pedido para esperar, o mesmo que UM MOMENTO!!!

Esquisito? Esquisito mesmo é o significado da palavra esquisito para eles. Se para nós esquisito é sinônimo de estranho, para os chilenos, por exemplo, esquisito é gostoso. Então, se quiser agradar alguma cozinheira argentina, é só dizer que a comida dela está esquisita. Ela vai adorar.

O que você faria se, em uma festa, alguém se oferecesse para segurar seu SACO? Você ficaria puto? Partiria para a porradaria? Mas não deveria, cara pálida. Saco é o mesmo que TERNO.

Nota fiscal. Você vai a um restaurante, pede a notinha, e lá vem um carimbão enorme de CANCELADO. A reação natural será chamar o garçom e reclamar, né? Nããããããao. CANCELADO é o mesmo que PAGO. ;)

Conselho da Joanna? Leve sempre um dicionário. Ou até mesmo um daqueles livros APRENDAR A FALAR TUDO EM ESPANHOL. Ajuda a não passar vergonha, pelo menos. Leia no avião. E quando chegar no seu destino... só peça um rato quando precisar consultar o pai dos inteligentes.

domingo, 30 de novembro de 2008

Direto do Chile...


Como muitos já sabem, estou no Chile, cobrindo a seleção sub20 feminina. Para ser mais exata, em Temuco, cidade charmosa e fria ao Sul do país. Temuco é cheia de morangos e de histórias. Uma delas divido já com vocês. Temuco é a terra do poeta Pablo Neruda.
Fomos até o museu ferroviário que leva seu nome. Ferroviário? Sim, ferroviário. O pai de Neruda trabalhava com trens, o que por muito tempo foi o forte da cidade...
Como gosto muito de Neruda, aqui vai um poema. Em homenagem as meninas do Brasil, que prometem poesia dentro de campo diante da Alemanha nesta segunda-feira...
Vai, Brasil!

Antes de Amar-te...

Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Paz de poeira

Sabe aqueles dias em que a paz não lhe dá sossego?
O silêncio é tão grande que chega a fazer barulho no corredor.
E se não há sons, a gente inventa.
Se não há problemas, a gente cria alguma dor.

Navegar em águas calmas é tão inquietante às vezes.
É preciso marolar.
Tranquilidade é um mal que me consome muito rapidamente.
Não faço yoga nem meditação
Eu gosto de confusão.

Tenho a sensação de que tudo está perdido
Mas aí o medo faz a gente viver mais atento
Paz é como uma picadinha de preguiça
E eu não consigo viver neste ritmo muito lento

Eu gosto da paz, calma.
Eu quero água fresca e sombra de amendoeira
Mas só de vez em quando
Porque por enquanto
Eu quero sacodir a poeira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Apenas dois versos

Se eu não somo, eu sumo.
Afinal, estou despedaçada.
Sem o asilo, sem seu zelo
Ainda tenho nós no cabelo!
E minha estrada está esburacada.

Se eu me dano, dane-se.
Eu ri na sua comédia
Agora choro com o meu drama.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mentirinhas sinceras interessam?

Estive pensando no quanto a gente se preocupa com a imagem que os outros fazem da gente. É fato: nos importamos muito mais com o que o inimigo pensa do que o que os amigos acham. E faz sentido! O inimigo pode ser mais sincero em determinadas situações, até porque, ele não está preocupado no corte que a verdade faz na alma.

A verdade dói. E dói mesmo. Por isso, a gente rebola muito quando tem de falar algo a uma pessoa querida. A gente sabe que vai machucar. Mas aí.. o que fazer? Falar a verdade nua ou surgir com uma mentirinha crua?

Exemplo: Você vai a uma festa com uma amiga. Esta amiga aparece com um vestido verde bandeira ridículo, mas ela está adorando. Ela pede sua opinião. O que você faz? Diz a ela que tá lindo, fala que odiou e que ela está parecendo um pé de couve ou simplesmente solta um "não faz o meu estilo, mas tá legal em você?".

Eu usei um exemplo idiota de propósito. Até nas situações mais banais a gente teme dizer a mardita da verdade. Ficamos enrolando, enrolando... Imagina então quando se trata de um problema mais sério?

Outro dia uma amiga minha descobriu que o namorado de uma outra amiga nossa estava saindo com outra mulher. E aí, o que fazer? Sinceramente? Se não for uma das minhas amigas irmãs, eu não me meto, até porque, uma vez fiz isso (com uma das minhas amigas irmãs) e me ferrei. Ela voltou com o cara NO MESMO DIA, e eu fiquei proibida de participar das festas... É mole? Pra ela eu não conto mais nada, e ela sabe disso. Mas para as outras... eu continuo abrindo exceção... rs.

Mas voltemos a minha amiga com o problema. Ela contou. Sabe o que ela ouviu da corna?? "Eu preferia não saber". É, Balzac... o ser humano vive mesmo de ilusões. Será mesmo que é melhor viver na eterna fé desmedida? Dane-se a verdade, até porque, se a gente resolver filosofar a respeito, vamos chegar a conclusão que a verdade é um produto relativo. Se não existe verdade absoluta nunca, para quê nos preocuparmos?

Se alguem tá mais gordinho... porque a gente tem mania de achar que é necessário um regime? Vamos deixar as pessoas serem felizes comendo lasanha, pô. Se fulana acha que xadrez com calça rosa é bonito, quem disse que não é? Eu? E desde quando eu sei alguma coisa?

Na ânsia de ajudar alguém, a gente acaba machucando. E a dor resvala em você também. Aposto que já se arrependeu de algo que falou para ajudar. Todo mundo já passou por isso algumas vezes na vida... O que eu posso dizer é: na medida do possível, eu revelo a minha verdade, que nada mais é, na maioria das vezes, do que a minha humilde opinião.

Sinceridade demais machuca? Machuca. Mas e a mentira? A omissão? Não são vilões ainda mais perversos? Uma mentirinha metida à besta vale mais do que uma mensagem de coração aberto?
Vou deixar você pensar... e se você quiser me dizer uma mentirinha ou uma verdade... use este post, ok?
Afinal de contas... Mentiras sinceras me interessam. E eu já disse. A gente se preocupa sempre com o que os outros pensam. E ah, sobre o corte na alma? Deixa comigo que eu tenho band-aid especial para isso...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Trair.. são.

Não, eu não enlouqueci e nem esqueci o português. Queria usar um jogo de palavras mesmo. Ando pensando nisso ultimamente, devido aos inúmeros casos de traição que eu vejo acontecer no mundo. Não sou Deus e não tenho formação em psicologia, mas gostaria de entender os motivos que levam uma pessoa a trair. Mais do que isso: o que afinal configura uma traição? Conversas mais quentes no msn são traição? Ou para que essa falha seja concretizada, é necessário que o fim seja sempre na pele e na carne?
Luiz tinha um casamento perfeito. Uma mulher bonita, carinhosa e que havia acabado de dar à luz à primeira filha do casal: Maria Luiza. Os dois se amam, se respeitam e - um dado importante - fazem sexo regularmente. Mas, mesmo assim... 15 dias depois do nascimento da primogênita, ele se via atraído por outra pessoa.
Que explicação você tem para isso, Luiz? "Não tenho, não há nenhuma. E é por isso que eu não consigo entender". Nem a gente, Luluzinho.
A tal da moça também viu que ali existia algo. Não deu outra. Eles ficaram. Ela teve medo de seguir em frente. Pô, o cara é casado! Tem filha! Como eles estão hoje? Eu respondo: se falam no msn, e só. E vivem a eterna dúvida: se continuassem com essa história, onde ela poderia terminar? Qual é o fundo desse pote?
Rodrigo é noivo, mas não consegue marcar a data. Está cheio de dúvidas... e cheio de amores mal resolvidos. Trai em pensamento. Lembra das namoradas que teve e das que poderia ter. Entra em colapso. E me pergunta: "Por que eu sou assim?". E eu não sei, apenas suspeito. Ele ainda não encontrou a sua verdadeira companheira. Aquela que foi desenhada para a vida toda...
Mas e o caso do Luiz?
Complicou. Agora não entendo mais nada...!!!
Certa vez neste mesmo blog, eu tentei entender uma outra situação: Se seria possível uma pessoa amar alguém e ser completamente apaixonada por outra. É maluco, mas eu descobri que é possível. Algumas pessoas conseguem. Talvez seja o caso do Luiz... e do Rodrigo, vai saber.
É claro que existem as traições carnais. Homens são especialistas nisso. "Transei com a vizinha sim, meu amor, mas não siginificou nada pra mim". Dizem eles que separam esse lado animal do emocional com maestria. Mulheres já sentem mais para trair dessa forma, "como homens". A mulher não liga para o ato sexual em si... para ela, a primeira questão é se o cara não a ama mais. Já no homem... o balãozinho na cabeça é completamente difernte. "Será que o cara tem o pinto maior do que o meu?".
A Amanda namora por segurança. Quer ter alguém a esperando quando chega em casa. Quer a cama quente, o café na mesa. Quer comodidade. E aí.. toda vez que sai sozinha, metralha olhares alheios. E eu questiono: Amanda, você é feliz? Ela não sabe dizer. No fundo, ela sabe que esta vida está longe de ser o que ela sonhava. Mas ela encasquetou que não é possível ter as duas coisas: amor apaixonado + vida afetiva segura.
Eu disse vida afetiva segura? Pois é. Está cheio de gente que namora por causa disso, uma espécie de INSS emocional. Como se na vida alguma vez teve graça namorar, casar, noivar com alguém que a gente não ama, que a gente não sente choquinho quando vê. Isso está parecendo até campeonato de pontos corridos. É por isso que eu sempre digo que final é muito mais emocionante: porque é imprevisível.
Não tem essa de INSS emocional, nem fundo de garantia. A única garantia que você tem, ao apostar em um grande amor, é a de viver pelo menos alguns momentos de alegria suprema. Isso, eu te garanto, só a paixão é capaz de nos proporcionar.
É necessário aprender que o tombo está sempre iminente. A graça é essa. Se fosse tudo meticulosamente calculado, certamente não seria tão bom.
Trair... que verbo forte, feio, incômodo. Não tem nenhum significado positivo... é sempre uma surpresa desagradável... "foi traída pelo decote, traída pelo destino, traída pelo liquidificador, traída pelo marido...".
Trair são. Trair é múltiplo. Embora sempre tenha uma conotação péssima, ele tem milhares de variantes. Algumas até aceitáveis.
O que eu acho e sempre achei é o seguinte... trair é péssimo, deselegante, desonesto, desleal.. e vai contra qualquer princípio meu. (isso porque eu estou falando somente da questão de relacionamento... em outros âmbitos é ainda mais inaceitável para mim) Mas ainda assim, há anos eu procuro uma explicação para o tamanho deste verbo. Ele é inchado de tantas histórias... E eu realmente tento entender os motivos de cada caso que eu conheço. Julgar é péssimo. Se eu quisesse e gostasse disso, eu teria feito direito e prestado concurso. Não estou aqui para dar nenhum veredicto...
O Paulo é um ótimo exemplo. Tem namorada mas adora entrar em salas de bate papo para xavecar outras meninas. Ele tem gostos estranhos... ele é fã de cyber sex (cada um no seu quadrado, né.. rs). Mas nunca teve contato físico com outra garota. O corpinho dele é todo da Lara. E aí? Isso é traição ou é apenas molecagem, diversão?
Eu já fui vítima disso. Peguei um ex meu fazendo isso, xavecando VÁRIAS no msn. Mulheres que ele nem conhecia pessoalmente. Sabe o que ele me falou? "Ah, isso aqui é brincadeira, para relaxar, jamais sairia com elas. É hobby". HOBBY??????????????????????? Não seria melhor jogar tênis, pintar um quadro, fazer um curso de culinária indiana?
Um bom amigo me disse: "só é traição pq assim se convencionou... em certas sociedades as pessoas são livres para furunfar com quem bem entenderem". É verdade. Por que isso é o errado e o certo é você viver um amor eterno, desses com sabor de fruta mordida, como cantaria Cazuza e diria Ivy Farias, uma amiga querida que adora filosofar com letras de música. Traição, então, só estaria ligada a sentimento? Transar sem amor não é considerado?
Trair. Palavrinha sacana essa. Só de falar, já dá um arrepio na espinha. Dói o fígado. E vem a imagem de muitos casais felizes... que escondem este segredo do relaciomento moderno. A coceira que todo mundo pode até sentir um dia... O problema é que a maioria das pessoas hoje em dia coça até machucar.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A maravilhosa vida noturna de NY

Bom, eu aproveitei ao máximo meus últimos dez dias em NY e vou usar este post para dar algumas dicas de baladas bacanas de Manhattan, a ilha da perdição. Se você pensa que São Paulo é a cidade da noitada, é porque não conhece Nova York. Aqui é uma gigantesca Vila Olímpia, meu amigo. E tem de tudo. Absolutamente de tudo... para todos os gostos, bolsos e em qualquer dia da semana. A cidade que nunca adormece...

Sábado
Abrimos a série de baladas com a Cielo, no Chelsea, em uma área onde existem pelo menos umas 10 casas noturnas. A música eletrônica é da melhor qualidade e o lugar é bem frequentado. Tênis? Nem pensar. A balada é arrumadinha...
Na foto, Ariel, um amigo querido e sempre presente. E muitíssimo antenado...

Domingo
A atração no domingo foi o central park. Posts com programinhas mais tranquilos a gente manda depois... hehehehe
Segunda-feira
Fomos ao Le Souk, um restaurante marroquino que, depois da meia-noite, arrasta as mesinhas para virar uma danceteria com dois ambientes. A comida é ótima e o barato é exatamente este: reservar uma mesa, chegar cedo e curtir as maravilhas da culinária que esse lugar oferece. Se você não entender o menu, o que é bem possível, não erre, vá direto na paella. Ela é fantástica. Mas tem frango. Viva a diversidade na panela! Outro detalhe interessante é que a DJ é uma mulher muito bonita e la pelas tantas, um percussionista acompanha as batidas do house ao vivo, com um atabaque. O efeito é sensacional... Na foto, a minha amiga Sol experimenta um shot de 'Sex on the beach'...
Terça-feira
Fomos ao Bistrô Pastis. É divino. A comida é simplesmente fantástica e o lugar é super bem-frequentado. Não tem como dar errado essa combinação. Não vacile e se arrume para ir ao Pastis... o povo lá é chique!Na foto, provamos um raviolli simplesmente fantástico, de massa homemade ( feita em casa) recheado com ervas. Totalmente demais.

Quarta-feira
Mais Pastis. Desta vez, fomos para tomar uma onion soup, super tradicional por aqui. O caldinho acebolado é fantástico. A sopa vem com pão italiano e bons pedaços de cebola curada. Para dar o toque final, uma camada grossa de queijos. A cumbuquinha vai então ao forno para gratinar e o resultado é delicioso. Uma dica: não chegue tarde em uma quarta-feira no Pastis. Não tem o mesmo movimento que a gente vê aos sábados, por exemplo. O melhor mesmo é chegar cedo, jantar e depois seguir para outra balada ...
E foi exatamente o que nós fizemos. A segunda parte foi no Pink Elephant, a mais badalada de NY no momento. De quarta e quinta, é arriscado você trombar com vários famosos. Neste dia, estava repleto de rappers, mas como eu não entendo muito do riscado...
**Pink Elephant.

É uma balada completamente liberada. Geralmente não se pode fumar em lugar fechado aqui nos EUA. Tudo é cigar free. Mas na Pink, a coisa é diferente. Aliás, não se fuma apenas cigarro. Vira e mexe você sente um cheirinho de erva assada. Para entrar de graça, basta ser bonita, é verdade! Ou pelo menoso estar bem arrumada... rs. Se o cara não for com a sua cara, esquece... você vai ficar na rua. Como eu sou uma pessoa bacana, e brasileira (eles adoram o nosso sotaque), obviamente que não ficamos na rua da armagura... hehehehe. A foto da garotinha aí mostra bem como é o clima do lugar, sem pudores. Homem nesse lugar só fica no 0 a 0 se quiser. A mulherada lá é bem atrevida, tão atrevida que eu tomei um tapa na bunda de uma mexicana... Cada uma, viu...

Quinta-feira
Foi difícil de me recuperar da balada do Pink. Dormi pouco, então resolvi pegar leve na quinta. Fomos ao Pravda, um restaurante/bar temático muito bacana. É russo e a decoração toda lembra o comunismo. Até o vidro do banheiro é quebrado e velho, caindo aos pedaços, para dar essa idéia ao lugar. E já que eu visiteu a Rússia em Nova York, provei um prato que qualquer brasileiro conhece: o legítimo strogonoff. É diferente do que a gente está acostumado a comer. Nao tem arroz, mas sim uma massa folhada divina ao centro. O filet é fantástico, e o molho é uma delícia. Para tomar, não tem nem que pensar, vá logo na vodka, né? Eu, por exemplo, tomei um martini fantástico, com la passion fruit (o nosso maracujá). A título de curiosidade, um strogonoffe do Pravda sai por 23 dólares... Este post é para convencer o brasileiro que pensa que não se come bem em NY. Se come e muito bem, basta saber procurar. Não vá a NENHUM restaurante na área da Time Square. Tudo caro e ruim, para enganar turista alucinado com as luzinhas coloridas...
Sexta-feira
Pacha. Não tem como ir a Nova York e não conhecer a famosa casa de Ibiza. Eu nem conheço a de São Paulo, mas posso afirmar que a de Manhattan é sensacional. Gigantesca! E tem duas pistas, para agradar gregos, troianos e brasileiros, porque até Magalenha tocou (Lembra dessa música? A mesma que está de trilha sonora naquele vídeo em que o Ronaldinho Gaúcho é apanhado encoxando uma loira na balada... hehehehe) Vale a pena conhecer e provar estas duas cerejinhas...

Ah, uma curiosidade logo na porta. Não se pode entrar com chicletes. Mas a maconha rola solta por lá... Vai entender.


No detalhe, as pulseirinhas do camarote... hehehehe.


Sábado
Estávamos cansadas e resolvemos pegar leve outra vez. Decidimos ir jantar em um lugar bacana. Lá vamos nos para o Chelsea, o bairro mais bacana de NY, onde aliás fica o Pastis. Conhecemos o VENTO, um restaurante ótimo, cuja especialiadade é a cozinha italiana. Eu provei um risoto de aspargos muito gostoso. De entrada, nem pense duas vezes: experimente a salada de frutos do mar. A única coisa que eu não gostei muito neste restaurante é a sobremesa. Minha torta de maçã deixou a desejar, porque no caso, o forte da casa era o Tiramisu. O problema é que justamente no dia em que eu vou comer lá, o doce tinha acabado... :(
O Vento também não é apenas um restaurante. Depois das 23h, o subterrâneo da casa revela uma pista de dança que coloca o povo para dançar no melhor house do momento.
Domingo
Nada como acordar e tomar um brunch ao som de jazz. Foi o que fizemos no domingo. Assistimos a um show maravilhoso no Blue Note, uma das casas mais respeitadas do Village. A opção do brunch é uma mega dica. Normalmente, para ser ver um show a noite, você paga 50 dólares só para entrar na casa. No brunch, de domingo, você come, bebe, assiste ao show com tranquilidade e só desembolsa 24,90...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Os melhores banheiros de NY

Acho que isso já foi até alvo de estudo, e é merecido mesmo. Banheiro é uma coisa sagrada, minha gente, ainda mais quando se trata de mulher. Além de sermos mais exigentes e limpinhas mesmo, temos uma série de situações especiais.
Aqui em NY a gente anda o dia todo. O DIA TODO. E aí, meu amigo, não tem jeito. Temos que procurar um toilet na rua, em alguma loja, restaurante...
Eu senti uma vontade de ir ao banheiro avassaladora quando estava no topo do Empire State. Olha que maravilha. A 86 andares, a minha bexiga resolveu dar o ar da graça. Lembrei de uma loja da Victoria's secret na 34th. Pensei "Po, a loja deve ter um banheiro que é um luxo, com cheirinho de Vanilla". Poor girl I am. Quando cheguei lá com a Carol, tinha de tudo boiando no banheiro (me recuso a explicar).
E aí.. de tanto procurar, de tanto ter de fazer xixi "fora de casa", descobrimos os três melhores banheiros!!!!!!!!!!
3) Em terceiro lugar, o banheiro da TOYS R US, uma loja enorme de brinquedos. É limpinho, dem papel, sabonete líquido, e a descarga é automática. Ou seja... NADA FICAC BOIANDO, mesmo que a pessoa seja relapsa. Ai, eu amo a tecnologia.
2) O banheiro da Disney, da loja, digo, é ótimo também. Limpo e ainda por cima bonitinho!
1) Mas a medalha de ouro vai par ao banheiro do MAX BRENNER, uma chocolateria famosérrima no So-ho. Lá o banheiro é individual, com espelhinho e tudo... limpo e com cheirinho de Capuccino.

É, não é fácil ser mulher..... heheheheh

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Mais NY





Eis mais alguns momentos meus em NY... Na primeira foto, eu não lembro onde eu estava, mas era perto do Ground Zero, a área onde ficavam as Torres Gêmeas. Na segunda, eu e Carol fingimos que tocamos no piano gigante da Fao... a loja de brinquedos daquele filme do Tom Hanks... Quero ser Grande!
Na terceira imagem, Joanna socializa com o lagarto gigante no museu de história natural...
E na última, e não menos importante, o famoso macarrão com almôndega.... sensacional....
Sensacional foi a azia no dia seguinte, mas tudo bem... hahahahaha.
Aliás.. para quem quiser umas dicas sobre banheiros em NY, informações no próximo post!
Abraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas

quinta-feira, 4 de setembro de 2008


Hello.. mais um momento de descontração, porque a parte séria dá para conferir no SPORTV ou no globoesporte.com. Depois de mais um dia duríssimo de trabalho, fomos a um pub aqui em Nova York... que agora eu não lembro o nome, mas fica na 55th. Eu, claro, fui obrigada a tomar um cosmopolitan... ai, que coisa mais linda... Nas fotos, Sinclair, o cinegrafista que está me aturando há mais de 10 dias, é um herói... hahaha. E na debaixo, Jorge Bernardo, the producer. O ogro mais fofo que eu conheço!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Direto de NY...


Jornalista também merece e precisa comer, né? Ontem (quinta-feira), depois da última session em Flushing Meadows (que terminou 23h!), nós fomos a um dos melhores restaurantes japoneses de NY... Na foto, eu, Sincla, Eusebinho (sim, a voz do tênis!), Dácio muito louco Campos, Jorge Bernardo e o produtor new yorker, David Presas!!!
Galera, vocês são a alegria dos meus dias aqui na Big Apple!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Para todos que já choraram por um grande amor...

É quase sempre trágico, triste, cheio de lágrimas, do tipo "não consigo viver sem". Antes que pensem que eu acabo de passar por um final de relacionamento, permitam-me explicar. Falei com uma amiga outro dia, amiga que não via e falava há tempos, e ela, sim, está atravessando uma fase difícil: terminou um namoro, daqueles do tipo casamento, há 15 dias, e sem aviso prévio, o que torna o final ainda mais doloroso.

A explicação dele? "Eu sou novo e ainda não sei se vc é a mulher com quem eu quero casar". Olha, ele tem 21 anos e ela, acho eu, tem 27. Não engoli essa justificativa, muito menos ela, mas foi o que ela ouviu antes da porta do carro bater.

E aí eu comecei a pensar no assunto. Já tive finais da namoro terríveis. Quando me dei conta, percebi que, na realidade, eu NUNCA tive um final de namoro fácil, tranquilo, de comum acordo. Sempre um dos lados estava sofrendo, morrendo, chorando, pedindo... e eu vivi os dois lados: o lado que ouve e o lado que pede.

Mesmo quando eu já não amava mais, sofria. É duro ver alguém com quem você dividiu tantas coisas... confissões, planos, fluídos... sumir assim do nosso caminho, mesmo que seja por escolha nossa.

Aí, quando o namoro acaba, a gente passa pela fase de velório emocional, que pode durar dias, semanas, anos... e tem gente que não se livra jamais desse luto. Conheço pessoas que se separaram há anos e que ainda não superaram a perda completamente. E isso é tão perigoso, porque você fecha os olhos para o mundo. Nenhum homem (mulher) vale esse sofrimento.

É claro que perder alguém que se ama é dolorido. Parece insuportável no começo. Falta ar, o apetite some, dói o peito, e dói mesmo! Quem já sofreu por amor sabe do que eu estou falando. O coração dói de verdade, parece que vai sair do peito, de tão inchado. A gente tem a nítida impressão que aquela ferida vai sangrar para sempre, e aí umas bobagens começam a povoar a cabeça da gente:

1) Eu nunca mais vou amar alguém
2) Eu nunca mais vou amar alguém como eu amei o Joãozinho
3) Ninguém vai me querer
4) Eu não consigo viver sem a Mariazinha.
5) Sem o Paulinho a minha vida não faz sentido
6) A Camilinha é a razão para eu acordar todos os dias de manhã...

Ah, me poupem. É óbvio que você vai amar outras pessoas, e vai se surpreender da rapidez com que isso pode acontecer. É lógico que o amor será diferente, e por isso mesmo pode ser que seja ainda melhor. É evidente que outras pessoas aparecerão. Você é atraente, mesmo que pense o contrário. Sempre haverá pessoas interessadas, é só saber olhar para o lado e, em alguns casos, até vale dar uma olhadinha no retrovisor da nossa vida. E, principalmente, SIM, VOCÊ CONSEGUE VIVER SEM AQUELA PESSOA.

Eu já chorei tanto por um cara que pensei que não iriam sobrar lágrimas para o resto da minha vida. Pensei que iria morrer, achei que não iria mais amar ninguém, e coloquei na cabeça que nenhum outro homem iria me amar. Puta babaquice. E a gente só acredita depois que acontece. No que se refere a amor, a gente sempre é São Tomé quando sofre.

Depois do carnaval, a quarta-feira de cinzas. E ela passa, não passa? E no ano seguinte tem sempre folia para se aproveitar.

No caso da minha amiga, por exemplo. Ela contou que chora há 15 dias, sem parar. Que tem dias que a noite é foda. E que tem noites que o dia não chega nunca. Eu entendo, passei por isso. E é por isso mesmo que eu digo, com todas as letras, que ninguém, mas ninguém mesmo, morre de amor. O amor é que morre na gente, e é só. De morte matada e morte morrida.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Chinese proverb

I hear and I forget

I listen and I understand

I do and I remember.

This proverb has become my slogan. That´s why I´ve started to take tennis classes. Its important for me to really feel what Im writing about. In this case, what Im gonna to speak about. And Im writing in English because I´ve just got home after another shot of English classes.

I´ve come here because because I wanted to share this ideia today. To learn something, even to improve something that you already know, it works a lot if you put in pratice your teory knowledge.

Remember the chineses in the first paragraph? Let´s get started!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

No pain, no gain


Se tem uma coisa que ninguém, mas ninguém mesmo, pode dizer a meu respeito é que eu não sou esforçada. Cara, desde que descobri que farei a cobertura do US Open deste ano, em NY, a minha vida é o tênis. Eu até estou fazendo aulas práticas do esporte, com o professor querido Fernando Cancissu, que entre outros lugares, ensina na Play Tênis do Alphaville. Olha aí o resultado de um dos treinamentos... Estou adorando!
Vamos ao panorama do tênis. O feminino está um caos. Como é possível alguém que jamais venceu um Grand Slam ocupar a primeira posição do ranking da WTA? O masculino, por sua vez, está fervendo. Depois de quatro anos no topo, Roger Federer está sendo destronado pelo maníaco Rafael Nadal. Digo maníaco porque nunca vi alguém mexer tanto na cueca durante um jogo... podem reparar, é hilário. Ou ele tem hemorróidas, usa cuecão de couro fio-dental ou é doido mesmo... hehehe.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

As loucas combinações de uma compra...

Jogue a primeira lata de ervilha quem nunca ficou reparando no carrinho dos outros na fila do supermercado. Outro dia estava falando sobre isso com uns amigos. Já vi cada combinação bizarra. Certa vez uma senhora passou um pacote de absorventes, 1 quilo de salsicha a granel e maçãs, muitas maçãs. Esquisito, não?

Tem vezes que é fácil de adivinhar o por quê daquela comprinha. Já cruzei milhares de vezes com grupinhos de adolescentes juntando dinheiro e fazendo várias pilhas de cervejas. Para completar, alguns tomantes, cebola e dois quilos de picanha. É dia de festa na república!

Em outros momentos a sua cabeça dá um nó. Não tem como, é irresistível ficar olhando a compra alheia. Eu não consigo evitar. Fico tentando imaginar porque uma pessoa precisa comprar tantos pregadores ao mesmo tempo em que escolhe pés-de-alface. Por quê? E o senhor de meia-idade que encheu o carrinho com dezenas de sacos de açúcar e latas de refrigerante? Será que é para algum experimento? Coca com açúcar deve dar barato, vai saber.

Só sei que fico curiosa. O mesmo acontece quando visito uma loja de departamento, especialmente na sessão de lingerie. De repente surge uma moça, nem feia nem bonita, uns 27 anos, fica meia hora olhando para uma calcinha vermelha. Pega um modelo na mão, apalpa, segue pensativa, depois larga e resolve comprar um bege, a cor mais anti-sexual do mundo. Havia raiva em seu olhar no momento em que deixou o exemplar rubro na prateleira. E foi pisando pesado até o caixa, suspirando de quando em quando.

A imaginação é mesmo um campo muito fértil. Já pensei cada coisa enquanto observo as pessoas comprando, comprando, comprando... Mas agora me veio uma pergunta terrível. O que será que elas pensam de mim? Será que já fiz uma compra bizarra? Eu sou tão óbvia... será? Quando vou ao supermecado, compro combinações de refeição. Tipo: filé de frango, salada e suco de uva light. Não tem o que pensar, a não ser o ululante: Ah, ela acabou de sair da academia e vai engolir um almocinho bem leve. Sim, eu estava com roupa de ginástica.

Mas jogue a primeira lata de milho quem nunca ficou imaginando a vida das pessoas que passam por você. Se são alegres ou tristes. Se tem histórias para contar. Eu já ouvi cada relato bizarro. Certa vez uma mocinha resolveu escrever sobre uma mulher que comprou salsichas, maçãs e absorventes no supermercado. Esquisita essa menina, não?

terça-feira, 29 de julho de 2008

A brain storm

I’ve been thinking. How many people really gets compromised in these days? By compromising, I mean love. Not only the love you’ve just thought, but the art of being supportive to a cause… a man, a woman, a friend, a belief.

Speaking in believes, I realized the faith has been absent and people change their minds all the time. Im not saying that you have to live like as you are plastered or something. For me, freedom is mandatory. But some feelings must be preserved.

Compromising. Tricky word. I discussed with my teacher today about it. About the meaning of this word. Not only what it is written in the dictionary. He told me to try to post here in English and Im trying, right this moment, without thinking. Like Shopenhauer had taught us... because, in the world, there are three kinds of authors. And one kind writes exactly what it comes in mind. And Im doing it. Right now. Because I feel compromised. I really want to get better.

Yeah, I am. I am someone in this world who wants to make some diference. Maybe this text will appear a little bit confusing... But it isn´t. Sorry if I made some mistakes... Im improving my written english. And I have just a few days to take this pressure away...

When you have something really important to do, its natural that you get anxious and a little bit nervous. But you need to find out a way to escape. Thats why I keep writting these nonsense words...

Compromising... I mean, compromised.

I am, I feel, I want... And everything is gonna be alright.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Convencionaram a convenção...

No meio de um papo sem pé nem cabeça com uma amiga minha surgiu essa palavra: convenção. Nós vivemos em um mundo cheio delas. Pare para pensar. Quantas coisas você já fez e deixou de fazer também por causa de uma convenção?

Convenção, segundo o Aurélio: Padrão de comportamento observado por hábito e não porque se acredite no significado que tradicionalmente lhe é atribuído. Hum, interessante.

Exemplo: hoje é sábado e você não vai sair?
Por que o espanto, ó cara pálida? Quer dizer que só porque hoje é sábado, geralmente as pessoas não trabalham e amanhã é domingo eu tenho que me montar inteira e cair na noite? É isso? Convencionaram que o dia de sair é sábado e pronto. Tenho que virar ovelha e seguir o rebanho.

Exemplo 2: Mulher não entende de futebol

Exemplo 3: Cozinhar é coisa de mulher

Exemplo 4: Mulher que não dá, voa. (Essa eu odeio muito)

Exemplo 5: Mulher tem que ser magra, alta e peituda, de preferência.

Exemplo 6: Mulher tem que casar, ter filhos, comer brócolis e saber passar uma camisa de linho. Tem que saber também que margarina derretida vira gordura trans.

Olhem bem. Quantas convenções machistas!
Será que convém? A quem?

Na minha opinião, convenções são ilusões. Assim como a chamada verdade absoluta, que só existe na cabeça de quem a cria. É como o prato típico de um país: cada um tem o seu.
Há quem siga o palpite do vizinho, há quem formule seu próprio caminho, mas convenção soa como obrigação. A Constituição seria uma convenção? Apesar de não ter sido baseada em hábitos, ela foi escrita para criar inclinações de conduta, pelo menos.

Convenção é preconceito, como os exemplos que eu citei acima. Sim, eu sei. A maioria dos meus exemplos foi em defesa das mulheres. Mas calma aí. Existem convenções que prejudicam a classe masculina também, obviamente.

Homem que não gosta de futebol é frutinha?
Todos são-paulino é viado?
Todo corintiano é pobre?
Homem não chora?
Homem não pode saber bater um bolo?
Homem tem que ter pelo debaixo do braço?
Homem não pode ver novela?
Homem que é homem não sabe a diferença, a sutil diferença, entre marcas de amaciante de roupa?

Convenção é aprisionar suas opções. É colocar cadeado nas vontades, afinal de contas... Elas não podem remar contra a maré do que foi combinado, convencionado, estipulado.

Na ciência, há milhares de paradigmas que assumem status de 'verdade'. E aí, quando algum gênio aparece para contraverter a ordem das coisas, rompendo o modelo já conhecido, é jogado ao fogo. Na convenção da ciência, da religião, da opção sexual... não cabe ser diferente de ninguém. Somos todos manequins equivalentes.

A própria filosofia é colocada em xeque. Verdade ou ilusão? Verdade ou convenção? Para Nietzsche, a verdade, por ser estabelecida por uma convenção, não existe em si. Neste processo, existem forças atuantes, como relações de poder, que formatam o padrão de comportamento moral, por exemplo.

Enfim, a verdade não existe e a convenção é sua filha bastarda. Ou seja, não deve ser levada a sério.

E é por isso que eu nao como feijoada às quartas-feiras, vou ao cinema nas tardes de segunda, começo a dieta somente na quinta e, no sábado à noite, durmo cedo para acordar bem no domingo e assistir à Fórmula 1.



terça-feira, 1 de julho de 2008

“À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”.

A expressão surgiu após um escândalo em Roma, por volta de 60 a.C. Teria Júlio César, ditador de Roma, levado um corno histórico?

Pompéia, mulher de César, tinha um nobre admirador, chamado Clódio.

“Para conseguir chegar até ela, Clódio se disfarça de mulher e entra no Santuário”, explica a professora Maria Luiza Corassin, da Universidade de São Paulo (USP), especialista em Império Romano. Só que o Palácio era muito grande, e o jovem romano acabou se perdendo pelos corredores. Foi descoberto através da voz e a partir daí começou a balbúrdia.

Toda a cidade ficou indignada com tamanha libertinagem. Clódio é chamado aos tribunais. César, o suposto marido traído, também é convocado para prestar esclarecimentos. Em seu depoimento, declara ignorar o que se dizia sobre sua mulher, a quem julgava inocente.

O penetra acaba sendo absolvido. César, apesar de ter se mostrado confiante na integridade de sua esposa, passa a repudiá-la. Questionado posteriormente por ter agido de forma tão contraditória, o ditador romano explicou seu procedimento: não basta que a mulher de César seja honrada; é preciso que nem sequer seja suspeitada. “Não pegava bem a uma figura política como ele que as pessoas ficassem comentando sobre sua mulher, pelas suas costas, ela sendo inocente ou não”, completa a especialista.

Hoje em dia, a máxima tem larga utilização, especialmente na área de marketing. Um restaurante, por exemplo, deve ser como a mulher de César. Em um mercado competitivo, de que adianta o estabelecimento ter comida de qualidade e bom atendimento e parecer uma espelunca? Imagem, em quase todos os casos, ainda parece ser o mais importante.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A tal da melancolia genial existe?

Dizem que a inspiração melhora quando estamos tristes. Eu chamo esta fase de melancolia genial, aquela que Drummond, Pessoa, Gogh, Eistein e mais tantos outros símbolos da nossa história experimentaram para compor suas obras fantásticas. Assim foi escrito.

Fui questionada esta tarde por um novo amigo sobre o assunto. Ao comentar que achava que escrevia melhor quando estava agoniada por alguma razão, ele logo rebateu. Pensar que a tristeza é a melhor companheira da criatividade não passa de um vício, disse ele, que parte exatamente da preguiça que nos persegue quando estamos felizes. ‘Ei, eu estou feliz!’ Logo, não preciso fazer mais nada.

Aí é que entra a genialidade da melancolia. Não é que nosso lado brilhante apenas aflore nos momentos de escuridão. O problema é que nós só olhamos para ele nas horas de necessidade. Meu Deus, estou triste. O que faço para melhorar? Eu tenho que melhorar, eu preciso... É agora ou nunca. Minha vida está vazia. Meu namorado terminou comigo, moro só, estou sem amigos... vou descontar essa sensãção incômoda em uma folha de papel.

Quanta injustiça com a felicidade. Ela que nos faz sorrir e olhar o mundo com uma visão tão mais colorida. Por que seria culpada da nossa ‘falta’ de inspiração?

Quando estiver feliz, lembre-se que é necessário muito esforço para que essa onda de contentamento não vá embora e, ainda assim, fugirá de quando em quando. Aí, se ela correr para debaixo da cama, você automaticamente vai pensar que a inspiração vai chegar. E o vício recomeça.


A alegria deveria tomar conta de nossas linhas tortas. Das linhas que escrevem nosso dia, seja no trabalho ou em nossas vidas. Sem essa de desamor, desgosto, decepção. É como no reiveillón. O tal do 'ano novo' é só uma ilusão do dia primeiro de janeiro e do espumante. Na verdade, o ponto de partida de maos um recomeço pode ser feito em qualquer estação, porque o ano novo vive escondido dentro de nós. A inspiração também vive assim. Se fôssemos uma geladeira, provavelmente estaria atrás do pé-de-alface. Cabe a nós sabermos procurá-la.

terça-feira, 24 de junho de 2008

E por falar em 58...

O que você vai ler agora era para ser uma entrevista, só que acabou virando um desabafo surpreendente de alguém que fez muito pelo futebol. Nilton Santos em campo parecia tantos, que encanto era! Como pode então o mestre exigir uma coisa dessas a essa altura da vida? Em seu aniversário de 80 anos, envolvido por sua melancolia genial, o mestre pediu sossego. Quer praia, água de coco e a companhia de seu cachorrinho vira-lata.

“Quero ser esquecido!"

AOS 80 ANOS, NÍLTON SANTOS, NÃO QUER HOMENAGENS, QUER SOSSEGO. NUM DESABAFO INÉDITO, ELE REVELA UMA MÁGOA COLOSSAL COM O MUNDO DO FUTEBOL E OS PUXA-SACOS DE PLANTÃO. E NÃO O CHAMEM MAIS DE ENCICLOPÉDIA!

Por Joanna de Assis

O sr está completando 80 anos. Nós queríamos prestar uma homenagem...

(interrompendo) Já passei um monte de aniversário e ninguém me ligou. Mas agora é 80 anos, né? Não quero homenagem alguma! O Botafogo inventou isso, mas eu não estou interessado! Não sou herói. Quem vai para a guerra é que é, não eu. Eu quero ser esquecido!

Mas...

Tem gente que me conhece e acha que é meu amigo, Não é meu amigo! Quero que respeitem a minha idade! Os caras da minha época já foram... só resta eu. Já passou! Eu como e durmo em cinco minutos porque sempre fiz o bem... fiz o bem para muita gente! Mas não acredito em Deus, tenho a minha religião.

Os telefone toca aqui o dia todo... não agüento mais! Toca às 5 horas da manha! Eu não tenho sossego! Eu nem atendo... Aliás, nem sei porque te atendi.

"Eu quero tranqüilidade! Ficam me chamando de Enciclopédia do Futebol. Que Enciclopédia o quê, o cacete!"

O sr tem alguma mágoa do futebol?

Não tenho mágoa. O futebol me salvou. Eu era filho de pescador. Mas foi uma fase. Não quero viver isso para o resto da vida. Já foi! Comprei uma casa em Araruama, onde eu atravesso a rua e estou na praia. Era isso o que eu queria pqra mim, mas quase não tenho tempo de ficar lá. Aí, a prefeita me chamou para fazer uma campanha: "Remédios a 1 real". E eu fui. Eu e mais três ex-jogadores. Só que o pessoal falta. E eu não posso faltar. Nílton Santos não pode faltar! Eu não dou entrevista, mas não sou mal-humorado. Só que, se eu não desabafar com você, meu bem, eu enfarto... sério. Ficam me ligando e perguntando das Copas de 1950, 54... Vai pesquisar!!! Querem ganhar dinheiro em cima de mim? Não falo mesmo. E aí depois ficam me chamando de mascarado. Safados, sem-vergonhas! Querem ganhar dinheiro comigo? Aí, eles devem falar que eu sou esclerosado... Eu vivi em um meio danado, sei como são as pessoas.

O sr ainda acompanha o futebol?

Sou desligado para caramba, não acompanho nada. Pode ser que seja velhice. Mas não acompanho jogo nenhum. O que a gente vê aqui é resto! Os bons estão lá fora. Na minha época não era assim, não.

Quando o Dino ia para a Itália, ele falava assim: "Garrincha, tenho chance ir para lá (Itália). Passa a bola para mim, para eu fazer gol?"... Aí, o Garrincha driblava todo mundo e passava a bola para ele. Aí, eu falava: "Não vai dar nada para o Garrincha, não?" Eu falava na brincadeira, mas era sério. Para o Garrincha nada? Ninguém dava nada mesmo. Eles estão lá até hoje. Devem estar ricos.

O sr...

Eu queria mesmo era viver isolado. Mas hoje estou aqui, na Senador Vergueiro, na praia do Flamengo. Mas a culpa é minha. Eu que quis ajudar o governo. É um bem que eu faço pela velhice. Negar, faria de mim um bandido. Mas eu quero ficar isolado. Minha vida foi muito agitada: Seleção, Botafogo, viagens... Minha mulher sabe disso. Hoje eu acordo cedo e vou para a praia. Eu e o "Podi", um viralata que vive comigo (foi um cachorro atropelado que a mulher encontrou na rua) Ele é esperto viu? Precisa ver... Afinal, é melhor um cachorro amigo do que um amigo cachorro, né? Porque eu já tive muitos amigos cachorros. Pô, tô sozinho. Não tem mais ninguém da minha época. Aí, ficam te perguntando: "Lembra de 1948"? Porra, se eu não me lembro, sou mascarado... É uma bosta isso!

Quais as funções que o sr recebeu agora no Botafogo?

No Botafogo, eu não queria aquela incumbência de ter de ir lá. Mas aceitei. Vou de vez em quando, para falar com os atletas. Mas está cheio de gente enciumada... Fui na vitória do Botafogo diante do Vasco, parecia que eu havia jogado! Ah, Nílton, você é pé quente! Sim, sou pé quente mesmo, nunca perdi uma decisão! Tenho 26 títulos... Mas eu vim aqui para torcer, aí vem a pessoa e fala: "Gostou de ganhar?" "Dããããa!, não... odiei, achei uma merda. Eu gosto é de perder". Dá licença, né? Cada perguntinha...

Mas...

Pô, eu vou para a praia, chegam e me falam: "Olha, estou te conhecendo de algum lugar"... Ah fica quieto, né? Se as pessoas soubessem que o que eu quero é sossego... Eu quero tranqüilidade! Quero ser esquecido! Tanta gente que quer aparecer... Por que eu? Aí ficam me falando... "Ah, esse aqui jogou com o Pelé...." Não senhor! Pelé é que jogou comigo; eu já estava lá quando ele chegou! Ficam me chamando de Enciclopédia do Futebol. Que Enciclopédia o quê, o cacete! Desculpe-me por estar desabafando com você, mas isso está me fazendo um bem enorme... Se eu não falar, eu enfarto, sério! Pô... Chegam para um menino de 10 anos e me apontam: "Sabe quem é ele, Zezinho?" E eu fico ali... Feito um boneco, olhando para os dois. Pô, não sou retardado! É claro que o moleque não sabe!!! Olha, me desculpe de novo, mas eu precisava falar. Agora vou parar porque isso já está me cansando... Tchau!"

domingo, 15 de junho de 2008

POR QUE ESCOLHI O JORNALISMO?

Em uma aula de história da comunicação na faculdade, debatemos a funcionalidade do jornalismo. “Transmissão de conhecimento ou degradação do saber”?

Lembro-me bem da discussão. Aliás, quando ainda estudava, meu grupo de projeto experimental (conclusão de curso) realizou uma palestra envolvendo jornalistas e historiadores. Até que ponto o jornalismo é história e o historiador faz jornalismo? Não conseguimos chegar a um consenso. Muitos pesquisadores consideram o jornalismo como fonte de deturpação da história, já que é sempre opinativo. Outros dizem que não, que o jornalismo pode e deve ser o registro do dia a dia. Hoje, penso que essa discussão sustenta a minha vontade de ser jornalista. Minha escolha profissional foi motivada pela curiosidade sobre o mundo e a idéia de que a informação tem caráter transformador. Sim, nós jornalistas somos cidadãos especiais.

Em setembro de 1998 eu estava terminando o colegial. As dúvidas dos estudantes sobre qual curso escolher eram gerais. Eu também sofria desta hesitação. Pensava: “Faço Jornalismo ou faço Direito”?

Sempre me disseram que eu tinha muita habilidade para me comunicar, e que possuía uma boa retórica, qualidades fundamentais para se dar bem em qualquer um desses cursos. Mas na hora de fazer minha opção, não tive de pensar muito e escolhi o jornalismo, por uma única razão: gostava de escrever.

Entrei na faculdade e em pouco tempo de curso já havia me tornado uma pessoa bastante cética. Costumava colocar em dúvida a veracidade de quase todas as notícias que lia nos jornais. Queria fazer perguntas e não encontrava as respostas. Hoje, após nove anos de labuta, reafirmo essa característica, e percebo o quanto é tendencioso o meio jornalístico, ainda mais na era dos jabaculês.

Jornalismo é também fogueira de vaidades. Cada matéria é parte da biografia do repórter, que se vangloria com cada linha. Não quer só ajudar a fazer o registro de um acontecimento importante, mas sim entrar para a história como personagem.

São preocupantes os caminhos que a imprensa vem tomando. A notícia é vulgar, espetacular, decorrente de um jornalismo preguiçoso e superficial. Como vamos fazer história assim? Tudo o que o jornalista deseja é provocar impacto, e para isso não interessa se a raiz da informação é comprometida ou não. Troca de insultos rende muito mais do que uma notícia bem explicada.

Na belle époque, apogeu do imperialismo britânico, tempo de grandes avanços científicos mas também de diáspora para milhões de europeus, o jornalismo era pensado com duas funções distintas: a de manter viva a fantasia sentimental e aventureira do público, e a de educá-lo para o consumo. Hoje, em tempos em que mulher pelada e briga de casal rendem mais pontos no ibope do que um bom documentário, o que vale a pena fazer?

O jornalista está valente demais. Sócrates deveria servir de inspiração nessas horas. “Só sei que nada sei”. Afinal, a sabedoria é reconhecer a ignorância. Além da arrogância, outra ameaça ao jornalismo é o interesse de classes. Mais uma vez a filosofia explica. O drama do jornalista é como o drama da jovem Antígona. Seguir a lei de Deus ou a lei do Rei? Ei, você, repórter. Quem você deve obedecer? As leis de mercado? Cláudio Abramo, me socorra. Diga à Antígona e a todos os jornalistas qual é a ética do marceneiro.

A imprensa brasileira não está precisando de mordaças, mas sim de referências. O fim da obrigatoriedade do diploma talvez venha a piorar ainda mais a situação do jornalismo. Precisamos de boa formação profissional e de menos mesquinharia. Um jornal diário é um pântano de privilégios. Você vê em uma mesma página uma matéria sobre “as qualidades do novo carro da Ford” e um anúncio sobre o mesmo automóvel. Será que os dois são anúncios e a gente não percebeu?

O jornalista tem que ter no mínimo respeito à verdade e liberdade para informar. Esse binômio ético é o que ampara o bom trabalho da imprensa. Não quero ter de aceitar que o jornalismo é um estelionato. Não quero aceitar viagens para escrever bem sobre um campeonato ou sobre um novo hotel que foi inaugurado em Mato Grosso do Sul. Não podemos permitir a decadência, pois não estamos condenados a ela, não.


(Este texto foi escrito em 2003 durante a fase de seleção do Curso Abril de Jornalismo que eu fiz e indico)

Especial

Este poeminha é especial. Escrevi quando tinha 15 anos. Tão nova e já romântica inveterada.... :D

De formas suaves
Suntuoso...
Amor pitoresco
Inimaginável...
Até poético
Amor sublime
O amor imaculado

É a pura simetria
Um amor quase causticante...
Me faz viver com mais alegria
Amor asfixiante!

Amor que ofusca...
Amor que até assusta...
De tão imenso...
É tão intenso...
Que às vezes penso...
Não viveria sem ele.

Bala perdida

Cupido culpado
Não veste que este coração estava ocupado?
Coração baleado
Bala perdida
Doce e bandida
Por que errar assim de mira?
Se soubesse da dor, teria mesmo assim me flechado?

Agora o que faço?
Para tirar esse espinho
Se você não estava antes no meu caminho
E um outro amor será magoado

Tocou a paixão
Essa minha face distraída
E se esqueceu que esta azia
Em outras mãos não se alivia

Mas se tudo agora mudou
Não há como voltar atrás
Vou aceitar que este amor
Chegou para não ir embora jamais
E essa bala perdida
Essa flecha sem direção
Enfim, acertou a pessoa certa
E o culpado disso tudo é o meu coração.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

As SUAS leis de trânsito

Não está vendo a placa do meu coração?
Há vaga
Vai levar uma multa se parar em fila dupla
Então pare com velocidade para não ficar na saudade
A minha CET vai orientar!

Eu liberei meus sinais
O semáforo abriu
E não vem ninguém na pista contrária
Tô de cinto, capacete e de mão dada com a carona do banco ao lado
Porque está escurido e eu preciso de companhia
E na escuridão é preciso esperança

Não quero mais esse acidente
Você longe da minha vida
Perdi anos para ter habilitação
E demostra aqui toda a minha habilidade
Hoje, pois, reconheço que você é meu motor
E muito capaz de dirigir a minha felicidade.

Melhor é que você se perca de outros rumos
Porque comigo no volante você não precisa mais de carona
Eu mudei o meu caminho
Peguei um GPS
E segui nesta nova estrada de asfalto
Ainda achou que a notícia veio de sobressalto?

Olhe bem a placa do meu coração
Porque nela está escrito estacione logo.
A vaga é sua.
Agora você já pode dar sua marcha ré
E sem essa de viver nosso amor a pé.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Dois

Ele faz barulho enquanto dorme.
Ela gosta de passar creme de maracujá nas mãos antes de deitar.

Ele acorda de mau-humor.
Ela desperta com vontade de fazer amor.

Ele tem pressa ao dirigir.
Ela deixa o carro morrer e culpa o salto alto para fazê-lo sorrir.

Ele é prático. Ela é mágica.

Ele é Corinthians. Ela também.

Ele é silencioso. Ela derruba a cadeira do restaurante.

Ele é sério. Ela não tem mistério.

Ela cobra atenção. Ele odeia sermão.

Ela chora no travesseiro. Ele repete que não foi grosseiro.

Ela pede carinho. Ele gosta de ficar sozinho.

Ele não amansa. Ela então se cansa.

Ele toma cerveja. Ela toma coragem.

E mais um par se quebra no meio da Marginal Pinheiros.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A TARDE

O maior pedaço do meu dia
Acorde tarde, durma cedo.
Mas não perca a tarde.

Tudo acontece à tarde.
Tudo é melhor à tarde.
O sol é mais forte
O vento sopra diferente
As pessoas sorriem
E se vão...
Se cansam
Se falam
Se beijam
Se calam. De tarde.

Nunca é tarde
Para cantar de tarde
Nunca é tarde
Para declarar um amor covarde
Nunca é tarde
Para desabafar o que no peito arde
E só de tarde
Que o sol pode te ouvir sem muito alarde.

Há quem desperte tarde
E perca as manhãs.
E há quem durma muito cedo
E pense que a noite se trata de uma escuridão vã.
A tarde é meio-termo
É equilíbrio, é paz.
Vai, tarde.
Mas caia no meu ombro amanhã.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

As minhas leis de trânsito

Não está vendo a placa do meu coração?
É proibido estacionar.
Vai levar uma multa de radar
Porque se você ultrapassar a velocidade
Não importa quanto sente de saudade
A minha CET não vai perdoar!

Eu já bloqueei os teus sinais
O semáforo fechou
A luz verde se apagou
Já coloquei o meu cinto de segurança
Porque essa estrada alagou
E na água suja foi-se a minha esperança

Não quero mais esse acidente
Você na minha vida
Perdi a minha habilitação
E toda a minha habilidade
Hoje, pois, reconheço que você é incapaz
De dirigir a minha felicidade.

Melhor é que você se perca em outros rumos
Porque no meu volante você não encosta mais
Eu mudei o meu caminho
Peguei um GPS
E segui nesta nova estrada de asfalto
Ainda achou que a notícia veio de sobressalto?

Olhe bem a placa do meu coração
Porque nela está escrito que é proibido estacionar.
E parar.
Agora você já pode dar sua marcha ré.Ou simplesmente viver esse desamor a pé.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Miopia

Cuidado com os problemas de visão
Nem sempre aquilo que parece ser... É.
E muitas vezes o que não se parece pode ser.
Essa é a questão de quem enxerga com o coração.

A razão vive tentando enterrar o sonho
Mas o sonho é mais esperto e espera a alma dormir
Pensar acordado é difícil
Dormir com vontade é sempre bom.

Cuidado com os problemas de visão
As ilusões são traiçoeiras e nebulosas
O seu oásis sumiu antes do tempo previsto
O ponteiro do teu relógio me enlouqueceu
Eu olhei para a hora, perguntei da demora
E eu só notei o quanto você já me esqueceu.

terça-feira, 22 de abril de 2008

EXpressões

Peço licença à poética
Eu mal olhei esse quebranto
Bom mesmo é saber calar a hora de falar
Loucura é breve, longo é o arrependimento.

As primeiras vezes são atos de coragem.
Afinal de contas
O marinheiro a gente só conhece na hora da tempestade.
Mas continuar na loucura, sim, é a burrice de quem não quer ver.

A quem sabe esperar o tempo abre as portas
É só isso que eu ouvi dizer.
Deixa a poeira baixar
A beleza é mesmo um reino pequeno
E a pureza cai da mesma nuvem negra que tanto lhe assusta.

Estou pensando em um provérbio para finalizar esse poeminha
Mas nenhum vem à minha cabeça neste momento
Vou recorrer a Shakespeare, que diz
Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente
E é por isso que eu vou calar a partir de agora o meu sofrimento.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A conturbada arbitragem paulista

Já faz quase três anos que a arbitragem paulista está sob o comando de Coronel Marinho, antes responsável pela policiamento em dias de jogos na capital. O posto vinha sendo ocupado por Francisco Papaiordanou, que é bom lembrar, é um dos conselheiros do Corinthians (Sei lá porque citei isso, acho que é trauma. Vou perguntar ao meu terapeuta).
Logo em seu primeiro dia no cargo, Marinho prometeu mudanças para tentar diminuir o estrago causado na classe por Edílson Pereira de Carvalho e José Danelon, acusados de manipular resultados no Campeonato Brasileiro e no Paulista de 2005.
Para garantir que um novo escândalo estourasse dentro da Federação Paulista, o que causaria um efeito irreversível de desconfiança, implantou-se um esquema no melhor estilo militar. Eu nunca vi um árbitro ser proibido de apitar determinados jogos, coisa que aconteceu com Sávio Espínola, que não deve aparecer para gerenciar partidas do São Paulo e também do Corinthians. Ele errou, sem dúvida. Errou feio algumas vezes, outras nem tanto. Mesmo assim, é a aposta da comissão de arbitragem para a Copa de 2010. É a aposta, mas de time grande ele não entende, afinal de contas saiu-se mal nos três clássicos que apitou. E eu costumava elogiá-lo.
Por mais que eu goste do Coronel Marinho, me pergunto: Será que alguém que jamais apitou na vida pode ser o responsável pela arbitragem em São Paulo? Se bem que seu antecessor também jamais foi um dos homens de preto... A solução seria essa? Ainda que eu tenha dúvidas, não posso ser leviana ao ponto de dizer que a queda do rendimento dos árbitros seja por culpa do Coronel. Não é ele quem entra em campo, correto? Pode chorar, Luxa, Muricy, quem for. A culpa não é dele. Não é, não é e não é.
O que eu vejo é que tem muito juiz com medo de errar, porque sabe que Marinho será implacável. Isso ajuda a reduzir as falhas ou apenas serve para deixar a arbitragem nervosa? Olha o exemplo do Henrique de Carvalho, que mostrou o cartão amarelo duas vezes para o mesmo jogador. Ele poderia ter corrigido o erro minutos depois, mas tentou enrolar... e aí foi obrigado a pedir desculpas ao Corinthians ao final da partida. Deprimente. Não pelo erro, mas por tentar ser malandro e não reconhecer a falha ainda com a bola rolando. Seria bem mais bonito, queri.
Vida de árbitro não é fácil. Eu me submeti aos testes físicos da Fifa ano passado e pude comprovar o quanto é complicado manter a forma e a cabeça em dia sendo que todos ali tem profissões paralelas. O Seneme, por exemplo, é funcionário público. Ao sentir a coxa direita durante sua prova, ele deitou no chão e chorou muito. Até Leonardo Gaciba, o melhor juiz do Brasileirão de 2006, foi reprovado em sua primeira tentativa. Os testes mudaram, ficaram ainda mais difíceis. A cobrança é que não muda jamais. E o juiz segue com fama de mal nascido. Aquele carinha frustrado, cujo sonho era viver chutando a bola, e não implorando por ela ao final da partida...

sexta-feira, 21 de março de 2008

O "ex"

Foi um dexperdício de amor. Quando tudo parecia resolvido, ele chega para chacoalhar todas as extações.
Toda nova paixão é excitante.
É desafiadora.
Geralmente você não mede as conseqüências de absolutamente nada. Os beijos são doces e ácidos. Corroem o fígado.
Mas aquele ex-amor permanece preso em você. Não importa o quanto você lute contra isso. É inevitável. Você olha para os lados e tem medo de encontrar o fantasma. Ele não faz questão de se exconder.
Extranho. Como alguém pode ter tanto poder assim?
O importante é saber que você pode viver com isso. Sim, haverá visões. Certamente olhará para todos os cabeludos da festa. Todos aqueles que usam jeans e camiseta branca. Todos que dirigem um fiat palio. São tantas associações. Tem lembranças que são eternas. Não expurgam jamais.
Mas você pode ter a sorte, ou não, de se ver na rua um dia sem nenhum pensamento a respeito.Vai ver você exqueceu.E aquele amor maluco que parecia jamais sair do seu coração, encontrou uma saída. Exgotou. E virou extória.

Vim, vi... venci? A marcha do Imperador Adriano

Novembro de 2007. Adriano não saia mais de casa. Assustado com o assédio da imprensa italiana, o atacante se arrastava até a janela de seu apartamento em Milão para ver a multidão de repórteres e fotógrafos amontoados pela calçada. Desanimado, desistia de colocar o pé na rua e voltava para o seu quarto. Chorava.
- Se eu falar que não temi pelo pior, estarei mentindo. Fiquei muito preocupada. Às vezes o Adriano se isolava no quarto e eu sabia que ele ficava sozinho para não me deixar vê-lo triste. Éramos seguidos a qualquer lugar que fôssemos – conta sua mãe, Dona Rosilda.
Nos últimos dois anos, a vida do Imperador foi um inferno, dentro e fora de campo. Mas o calvário começou, na verdade, logo após a glória na Copa América de 2004. Na final da competição, o atacante fez o gol de empate por 2 a 2 com a Argentina, no fim da partida, e levou a decisão para os pênaltis. O Brasil foi campeão e Adriano brilhou para o mundo. Almir, pai e fã número um do jogador, vibrou muito com o feito do filho. Ele foi o incentivador da carreira do então menino da Vila Cruzeiro, e chegou a criar um time de futebol local para ver o garoto em ação.
A comemoração de Adriano pelo título com a seleção ainda era presente quando Seu Almir morreu, em agosto de 2004. Ele tinha uma bala alojada na cabeça desde 1992, e sofreu um ataque cardíaco. O atacante ficou tão transtornado com a perda do pai que até hoje se confunde sobre o período em que tudo aconteceu. Parece que um ano apagou-se da memória do jogador.
- Meu pai morreu em 2005, e eu não pude ir ao enterro. Nunca presenciei a imagem dele morto. Depois de um tempo, me dei conta de que ele não estava mais comigo. E aí começou a pesar para mim – admite o jogador.
O tombo maior aconteceu na Copa de 2006. Adriano não vinha bem no Campeonato Italiano, mas ainda assim foi uma das apostas do técnico Carlos Alberto Parreira para conquistar o hexa no Mundial da Alemanha. Só que o Brasil perdeu, e o fracasso caiu sobre os ombros do atacante, que começou a se afundar na noite e na bebida.
- Não fiz um Italiano bom, só marquei quatro gols. Já estava em um momento ruim. Fiz de tudo para chegar bem na Copa e não consegui – desabafa Adriano.
Na temporada seguinte, a crise só aumentou: Adriano passou o ano praticamente no banco de reservas, pois o técnico da Inter, Roberto Mancini, gostava mais da dupla Ibrahimovic e Crespo. Era a hora de entrar de cabeça em uma recuperação. E, para essa missão, não havia lugar melhor do que o Reffis, famoso centro de recuperação do São Paulo.
A Inter de Milão aceitou a proposta, que soou como um investimento. A idéia dos italianos, ao mandar Adriano para a capital paulista, era ver o jogador se recuperar dos problemas de ordem emocional, que foram fatais para seu rendimento. O que era para ser apenas uma passagem rápida transformou-se em contrato. O Imperador foi anunciado em dezembro, pela diretoria tricolor, como o mais importante reforço do clube para a disputa da Copa Libertadores da América. Teria pela frente seis meses para mostrar nos gramados brasileiros que ainda é bom de bola. E retornar valorizado a Milão.
Houve gente que torceu o nariz para a contratação de Adriano. A fama de “baladeiro” preocupava até mesmo parte da diretoria tricolor. Mas, no jogo de estréia, na abertura do Paulistão, o atacante começou com o pé esquerdo, literalmente, só que de forma positiva: marcou dois golaços com a canhota e garantiu a vitória do São Paulo sobre o Guaratinguetá. O Imperador estava de volta, disposto a apagar a imagem de homem-problema.

“OLHA LÁ O CACHACEIRO”

Atire a primeira lata quem nunca saiu com os amigos para tomar uma cervejinha gelada. Os jogadores de futebol não são diferentes. Mas, com Adriano, esta situação passou a ser intolerável. Com o rótulo de alcoólatra, o atacante precisaria de muito esforço para convencer os torcedores de que estava mudado. E sóbrio.
- Eu tinha uma imagem bacana, mas agora ficou ruim porque eu fiz um monte de besteiras. Estou tentando modificar isso e vou conseguir. É muito chato você sair na rua e ouvir ‘olha lá o cachaceiro’, ainda mais quando a família está contigo – desabafa.
Foram inúmeros os escândalos envolvendo o nome de Adriano. As publicações italianas eram implacáveis. Ele tentava não acompanhar a mídia, mas sempre havia alguém para mostrar as manchetes cruéis. A cada página de jornal, o Imperador sofria e se isolava ainda mais. Principalmente quando as notícias não eram verdadeiras. Hoje ele até ri de algumas situações que causaram muita dor de cabeça. O que era trágico tornou-se cômico.
- Inventaram uma história com uma famosa atriz pornô italiana. Montaram uma foto dela e minha, na Sardenha. E ela foi à televisão falar que eu estava com ela, que eu chorava para ela... Você não tem noção! Nunca tinha visto essa mulher na minha vida! Entrei com um processo, mas até provar que não era verdade, fico manchado. Saía na rua e ficavam falando, me apontando. Eu não podia sair na rua – diz o jogador.
Cada notícia, verdadeira ou não, era um motivo a mais para que Adriano percebesse que era impossível se recuperar na Itália. Claro, ele admite que não é santo. Mas explica que, mesmo quando errava, sempre tinha alguém para se aproveitar de sua fraqueza. Em outubro de 2006, o jornal sueco Aftonbladet divulgou algumas fotos do Imperador em uma festa, cercado de mulheres e com um cigarro na mão. Ele explica que estava bêbado e as garotas foram levadas por um amigo. Pediram para tirar fotos com ele, que aceitou, mas não imaginava que as imagens fossem parar nas mãos da imprensa. Para piorar, um fotógrafo apelou para a extorsão.
- Ele exigiu e não aceitei. Ele ligou para Inter, para o presidente, queria me prejudicar ainda mais. Em uma das fotos, havia sal grosso na mesa, e ele quis insinuar que era cocaína. Eu falei que ele podia publicar, porque dinheiro meu não iria arrancar. Era meu dia de folga. Aí ele vendeu para os jornais. E depois foi preso por extorsão – conta.
Adriano garante: sempre que sofreu com a hostilidade dos torcedores em sua época mais crítica, não pensou em reagir contra eles. Mas, em uma ocasião, perdeu a cabeça. Afinal, os xingamentos de um torcedor, na saída do estádio, incluíram a mãe, que estava com ele.
- Um cara gritou “figlio de putana”. Não agüentei. Saíram dois policiais para me segurar, e derrubei os dois. Quando ia bater no torcedor, conseguiram me impedir. Foi quando pensei que realmente não dava mais para mim – confessa, descrevendo a conta d’água.

O IMPÉRIO CONTRA-ATACA

Engana-se quem acha que o desafio de Adriano é aqui no Brasil. A verdadeira pedreira da carreira do Imperador o aguarda na Itália. Será vestindo a camisa da Inter de Milão que o atacante terá de mostrar ao mundo que ainda tem majestade para reinar no futebol. Uma pontinha de vingança? Talvez, mas compreensível para uma pessoa que sofreu demais e não conseguiu sempre apoio, mas novos problemas.
- Eu tenho uma vontade enorme de voltar para lá e mostrar para eles (italianos) que ainda sou o Adriano. Pode ter certeza que essa vontade está aqui dentro (aponta para o peito). Vou voltar para calar a boca deles. Estou me estruturando para chegar lá e encarar isso tudo – diz.
Mas não será fácil voltar ao Velho Continente e não temer que os dias ruins aconteçam de novo. Adriano sabe que a imagem que os italianos têm hoje dele é de um jogador problemático. E, apesar de admitir que errou muitas vezes, o atacante também acha que houve exagero da mídia ao relatar seus conflitos pessoais. Por enquanto, ele está receoso sobre como será o retorno. Mas terá até julho para superar este medo.
- Fico um pouco como pé atrás por tudo o que aconteceu. Eu errei, nunca neguei, mas tenho um pouco de medo, porque a imprensa de lá me prejudicou bastante. Nunca maneirou para me deixar mais tranqüilo. É claro que eu tenho receio de voltar e ter aquela pressão de novo. Mas vou lutar para dar essa volta por cima.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Diálogos com a SKY, parte 2.

Meu pacote não existe mais. Contratei o serviço no início de 2007 como pacote DIGITAL PLUS ESPORTE TOTAL. Ou seja... todos os canais do serviço digital plus + o PFC, com o campeonato brasileiro e o paulista. Só que agora isso não existe mais! E se eu quiser colocar um ponto extra no meu quarto, vou ter que pagar o pacote inteiro de novo! Só que ninguém me avisou sobre isso.

14:02:21 O PFC é cobrado por cada ponto, se optar por incluir no Sgundo Ponto há um desconto de 40%.
JOANNA DE ASSIS RITA:
14:02:23 pode me responder?
JOANNA DE ASSIS RITA:
14:02:40 que absurdo!!! Não tem nada disso no contrato
Claudia Oliveira:
14:05:23 O PFC é um pacote opcional, e a programadora decidiu cobrar por cada Ponto.
JOANNA DE ASSIS RITA:
14:05:41 mas não diz nada disso no contrato
Claudia Oliveira:
14:10:47 Um momento, por favor.

E aí, a atendente do chat diz... "Por favor, um momento".
Essa frase é tão irritante quanto "Estaremos verificando sua solicitação".
"Espere um momento" é igual a "Não sei do que a senhora está falando, to ferrada, não sei o que responder.. preciso de uma boa desculpa para fazer essa ligação cair".
E eis que surge na tela...
Houve um erro de conexão.Por favor, reconecte-se para efetuar um novo atendimento.

O 'gato' no futebol

Alguém aí saberia me dizer porque chamamos de "gato" aquele jogador que falsifica sua certidão de nascimento e "perde" uns aninhos de vida?´
Gato é um animal traiçoeiro. O jogador que altera sua idade também. Você acha que está colocando em campo um jovem de 19 anos, mas na verdade é um experiente homem de 25 que vai atuar. Olha o caso do Carlos Alberto, volante do Corinthians. Achavam que ele tinha 23, mas ele tem 28!!!!!!!
Gato tem sete vidas. E o "gato" do futebol? Tem quantas? Vidas eu não sei, mas conheço alguns casos em que o jogador em questão ganhou "sete anos"...
Se você tem alguma idéia do por quê desse "apelidinho", aqui é o lugar certo para compartilhar sua teoria.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O significado dos sonhos....

Sempre que eu consigo me lembrar com que eu sonhei, corro para o google, digito a palavra chave da minha experiência noturna e procuro seu significado. Coisa mais boba, é verdade, mas é vício. Estou postando isso agora porque esta tarde o sonho foi assunto com uma amiga minha. Segue o diálogo, via msn.

JOANNA diz:
sonhei com meu ex
JOANNA diz:
que ele tinha se casado
JOANNA diz:
O que será que isso significa? Vou procurar no google.
JOANNA diz:
De um modo geral, sonhar com casamento nunca é bom presságio. pode indicar desavenças em família, decepções amorosas, notícias desagradáveis etc. Recomenda-se orar pelas pessoas que aparecem no sonho.
JOANNA diz:
CASAMENTO - Se sonha que está assistindo ao seu próprio casamento,
isso é indício de que sua situação atual sofrerá considerável melhoria,
pois receberá ajuda inesperada. No caso, porém, de sonhar que assiste a
um casamento do qual não conhece os noivos e, mais ainda, que assiste à
cerimônia inteira, até a bênção final do sacerdote, espere então pela
morte de um parente, conhecido ou até mesmo de um grande amigo.
JOANNA diz:
CREDO, PUTA QUE O PARIU
JOANNA diz:
casamento em sonho significa morte
JOANNA diz:
que horror
Carolina - Trabalhando diz:
ai
JOANNA diz:
meu
Carolina - Trabalhando diz:
to com medo de viajar agora
JOANNA diz:
fiquei com medo agora
Carolina - Trabalhando diz:
po jo
Carolina - Trabalhando diz:
vou viajar amanhã
Carolina - Trabalhando diz:
credo
Carolina - Trabalhando diz:
mas vc conhecia o noivo
JOANNA diz:
, meu ex
Carolina - Trabalhando diz:
então não é morte
JOANNA diz:
casou coma giane albertoni
JOANNA diz:
hahaha
JOANNA diz:
sério
JOANNA diz:
hahaah
Carolina - Trabalhando diz:
então, vc conhece os noivos
Carolina - Trabalhando diz:
se não conhecesse seria morte
JOANNA diz:
Conheço... mas eu assisti a cerimônia inteira, e agora?
Carolina - Trabalhando diz:
mas ele é que pode morrer
JOANNA diz:
Mas a Giani Albertoni eu só conheço das revistas. Vale assim mesmo?
Carolina - Trabalhando diz:
manda vc orar pelas pessoas que aparecem no sonho
Carolina - Trabalhando diz:
ah, sei lá
JOANNA diz:
Coitado. Está certo que ele não me fez lá muito bem, mas eu é que não quero que ele morra, pô!
Carolina - Trabalhando diz:
já vi essa mulher naquela cantina que fomos uma vez
Carolina - Trabalhando diz:
eu não quero que ninguém morra
JOANNA diz:
Será que a Giane vai tropeçar na Fashion Rio? Hahahaha
Carolina - Trabalhando diz:
fiquei chocada com a morte da dora bria, que nem conheço!
JOANNA diz:
De repente ela vai morrer... de vergonha! hahaha

Piadinhas à parte... será que os sonhos realmente podem nos mandar mensagens durante a noite? Porque sonhamos? Porque nem sempre nos lembramos deles?
As teorias são muitas. Para os psicoterapeutas, sonho nada mais é do que o lixo do inconsciente. Tudo aquilo que de alguma forma está lá para nos atravancar o caminho, o sonho vai lá e tira...
Para os mais místicos, os sonhos tem ainda maior poder: eles são presságios, premonições.
Agora, convenhamos.... quando você vai lá olhar a lista de nomes de possíveis assuntos de sonhos, começa sempre com abacate. Pode checar. A pergunta que não quer calar é... Quem é que sonha com abacate???
Quer saber o que significa?
Vamos lá>
ABACATE - Sonhar com abacate traz sempre bom agouro. Vê-los aos montes: Amor em esperança.Comê-los: Alegria e felicidade.Maduros: Prosperidade.Verdes: Contrariedades.
E a lista pode ser ainda mais bizarra. Olha só o que eu encontrei:
ABANADOR - Significa alívio, descanso, riqueza depois de muita privação. Representa também uma mulher, um filho, um homem cuja companhia se busca.
E eu só precisei pular quatro nomes... e lá estava o abanador.
Será que alguém já sonhou com abanador? Eu não. Nem com abacates. A coisa mais bisonha que apareceu durante um sonho foi uma goma de mascar gigante.
E você? Acredita em sonhos? Qual foi o mais bizarro da sua vida? Ajuda, aí... vai...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Entre o gerúndio e a ignorância

Segue abaixo o final da minha interminável discussão com uma atendente da Sky.
JOANNA:
11:05:52 se eu quiser um ponto extra, então.. tenho que pagar 99 reais e mais 22 por ponto? absurdo isso!
Lilian Andrade:
11:06:03 Ok.
Lilian Andrade:
11:06:13 Um momento que estarei registrando a sua reclamação.

Tem coisas que simplesmente não mudam. A prática do gerúndio já é inerente ao atendente de qualquer serviço de telemarketing, já reparou? Por mais que se faça campanhas e campanhas a favor da abolição desta forma nominal verbal, o gerundismo segue cada vez mais forte. E potencialmente irritante.
Pode reparar. Parece que ela faz de propósito. Se ela tivesse escrito apenas "Ok, irei registrar a sua queixa", eu não teria ficado tão puta da vida. O gerúndio também é uma forma de tortura, um artifício extra para tirar o cliente do sério. O pior é que eles sabem disso. Minha prima foi atendente da Claro e me contou que usava o "estaremos verificando seu pedido" de caso pensado. Depois, ia tomar cerveja com os colegas de trabalho e cada um contava a história do cliente mais esquentadinho do dia...
O jornalismo também tem seus vícios. Além do café e do cigarro, que formam a imagem mais clichê do repórter, algumas expressões largamente utilizadas também provocam um desgosto profundo, semelhante ao que sentimos quando ouvimos um gerúndio.
"Fulano de tal vai correr atrás do prejuízo" - Você corre atrás dos seus prejuízos? Claro, faz uma falta, não...
"Fulano de tal corre risco de vida" - Que bom. Pior seria se ele corresse o risco de morrer, não?
"O fulano foi raptado" - Gente, gente! Rapto não é sinônimo de seqüestro, ok? Como diria o meu antigo professor de legislação, rapto é "crime privilegiado da mulher, com intenções libidinosas". Te juro... era assim que ele falava mesmo.
"Fulano fez o reconhecimento do gramado" - Já reparou como essa expressão é usada? Muitas vezes o jogador nem conhece aquele campo... (eu odeio essa)
"Fulano deu o pulto do gato"... affe, odeio essa também.
"Beltrana será capa e recheio da revista playboy"... (ecat)
"Fulano não escondeu a felicidade ao reencontrar a mãe..." - Alguém esconde isso, me fala?
"O técnico x manteve a mesma equipe" - Juuuuura? Manteve a mesma?

Estou sem tempo para pensar em outras. Mas aceito colaborações. Quais são as expressões que mais te irritam?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Palavras mal ditas

Hoje eu recebi um e-mail de um internauta que me levou à reflexão. Dizia ele que não deveríamos usar, em hipótese alguma, o verbo judiar, pois ele deriva de judeus e seria altamente depreciativo à raça.
O Novo Dicionário da Língua Portuguesa, da autoria de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, define: "JUDIAR: tratar como antigamente se tratavam os judeus; fazer sofrer, maltratar, atormentar"1a. edição, página 805). O significado está claro: não há nada de pejorativo, ao contrário... serve como forma de conscientização.
Assim como judiar, muitas outras palavras que utilizamos no dia a dia têm origem inusitada. A gente fala e nem se dá conta da morfologia dela.
Quando o termo “enfezado” surgiu, definia alguém que estava nervoso por ter defecado nas calças. Ou seja, estava “enfezado”, cheio de fezes. Motivo razoável para ficar descontente, não?
Alguém se lembra de mais alguma? Não vale dizer que coitado vem de coito, heim? Olha lá...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Camelôs modernos

Ando abismada com o rumo da globalização, pelo menos ao que se refere a vendedores ambulantes. Estou eu na praia, tomando sol e bebendo o meu suco de maracujá indefectível, quando dezenas de camelôs aparecem. Eu até havia gostado de alguns brincos e tal, mas não estava com muito dinheiro trocado, e aí a compra foi por água abaixo. O último deles, de sorriso simpático, trouxe a solução: “Eu aceito mastercard”.
E não é que o dito cujo sacou uma maquininha à bateria e efetivou a minha compra no meio do nada, nas areias de praia brava de Balneário Camboriú. Chique, não? Ele é que é esperto. Além de vender mais, ainda não corre o risco de ser roubado no meio do caminho.
E você pensa que acabou por aí?Num outro dia, em outra praia do litoral catarinense, minha cunhada cismou com uma tiazinha que vendia borboletas. Era brinco, colar, anel, tererê, tudo de borboleta. Ela queria cobrar 10 reais pela peça, mas o chororô foi tanto que as borboletinhas baratearam. Mas barganha tem limite, dizia ela, toda espertona: “Eu estudei, colega. Sei muito bem como funciona isso aqui. Você é boa, sabe negociar, mas eu sou melhor”. Ela se pôs a falar tantos termos desconhecidos que achamos por bem parar com a pechincha. Afinal de contas, ela já nos tinha avisado que era a maioral.
Nesta mesma tarde, eu me encantei com um brinco. Sim, era de camelô. O vendedor parou a tábua, repleta de penduricalhos e penas e eu perguntei o preço da peça. "Dez real". Achei caro. Mas ao mesmo tempo, pensei: agora sim, um ambulante das antigas. Calma, não estou sugerindo que camelô que é camelô tem que falar errado, nada disso. Mas essa displiscência gramatical era quase um charme, não? Eu acho que agora são todos muito idiossincráticos, perdeu o encanto. E os danados sabem negociar. O rapaz do rastafári não pensou muito e logo lançou: "Se você não comprar, minha amiga, quando eu voltar da outra ponta da praia já terei vendido todas, e pelo dobro do preço". Me recusei a cair nessa. Não comprei. Fiquei esperando ele voltar, para olhar para sua cara safada e rir de seu fracasso. E não é que o safado vendeu mesmo? Olha, é o que ele diz, mas eu bem acho que ele escondeu o tal do brinco dentro de sua pochete só para não dar o braço a torcer.
É, meus amigos... Orgulho costuma ser caro. Mas, no caso desse ambulante, foi apenas dez real.
E eu fiquei sem o brinco, ok. Ele venceu.