segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Desabafo de um verso

Nesse exato momento em que você lê esse texto
Poderia estar ao lado da pessoa que ama
Mas a poesia é sempre o melhor pretexto
Para conversar com quem se inflama
A qualquer indício de discussão
Quem foge da conversa hoje
Pode chorar amanhã por ter se calado

A poesia é a desculpa que eu tenho
É o meu desabafo sincero
Aqui sim eu posso falar o que quero
E você é obrigado a ler quieto
Com o ruído da noite e de seus pensamentos

Os sonhos não dependem do seu travesseiro
Você pode acordar e continuar desejando o impossível
Mas quem não quer querer
Morre um pouco a cada dia
Como quem vive de passado
E se afoga na apatia
E fica sem um pedaço
Que ficará esquecido na gaveta da agonia.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Presente para mim

Ela estava ali parada,mas caminhava...como caminhava...as vezes com amigas...as vezes com amigos...mtas vezes ate com chefes...

Uma vez na Granja Comary,Outra no ct de um clube paulistano,Hora em eventos,Hora deslumbrante por alguma avenida de SP,pinta de jornalista esportiva,que se reflete em uma gândula,de tao apaixonada por seu trabalho...

Posa para fotos com personagens de desenho animado,sempre com seu sorriso ativado,meu coracao parecia curvado, diante daquele enlace armado.Diante daquele olhar almejado,daquele sorriso desejado...Sublime seja a felicidade de uma mulher que apaixona um homem com o simples gesto de ser mulher!


Ausias Marc - 12/12/07 - Barcelona

Obrigada, queri...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Frases que a gente odeia ouvir (ou ler)

1 - Sua sessão expirou.
2- Página em manutenção. Tente mais tarde!
3 - Não sei por que, mas você parece a minha mãe.
4 - Você engordou, não? Sua bunda está enorme.
5 -Você emagreceu? Cadê a sua bunda? Já fez BO?
6 - O problema não é você. Sou eu. Eu que estou no momento errado.
7 - Então, voltei a encontrar o meu ex.
8 - Esqueci a carteira!
9 - Não foi possível completar a sua chamada.
10 - Esse telefone não existe. Consulte o catálogo telefônico ou o serviço de informações.
11 - Me dá uma carona? Eu moro logo ali, em Caieiras.
12 - Nossa, sua olheira está terrível. Você dormiu hoje?
13 - Neste momento todas as atendentes estão ocupadas
14 - Você é um excelente funcionário, mas infelizmente estamos em um período de cortes.
15 - Você, que é uma pessoa inteligente, sabe que...
16 - Precisamos conversar...
17 - Tem uma alface no seu dente !

Gostou? então colabore!!!!
Mande sua frase!

CONTRIBUIÇÕES:

Fabio Penna diz:
eu odeio ouvir...
Fabio Penna diz:
E aí? Notícias?
Fabio Penna diz:
eu sempre respondo...
Fabio Penna diz:
http://www.g1.com.br/

Mais uma contribuição:

αnα lαurα diz:
tô pensando aqui
αnα lαurα diz:
serve "Este programa realizou uma operação ilegal e será fechado" ?

Mais uma:

Helder diz:
"relaxa...logo voce esquece ele (a"
Helder diz:
"Voce e meu melhor amigo" (frase de bebado)
Helder diz:
" a gente precisa se ver mais" (ainda bebado)
Helder diz:
"Relaxa...ja fiz isso mil vezes"
Helder diz:
"Corta o fio vermelho"
Helder diz:
"Com emoção ou sem emoção? "

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Relações Modernas

Até quando você vai chorar com a Mortadela na mão?

Este texto é inspirado em um fato real: Em homenagem a alguém que bate a cabeça na parede, sofre, mas não deixa de fazer o que o coração manda. Deixo aqui o exemplo dela e promovo uma reflexão, que deve até virar piada entre os meus amigos frequentadores deste blog... Por que as pessoas insistem em sofrer com a mortadela na mão?

Luana era assim. Impulsiva. Fazia o que dava na telha, para o bem e para o mal. Queria voltar para o ex. Foi até a casa dele, enfrentou o orgulho ferido. Ouviu o coração. Depois de uma noite maravilhosa, ela chega com o café da manhã e se depara com um ser completamente insensível. Ela ficou ali, com a mortadela na mão. Dia seguinte, desabafou com um amigo chegado.

Diego says: Vai querer chorar com a mortadela na mao quanto tempo???
Luana says: hahahahaha
Luana says: Ele se deu bem. Comprei até cerveja para o filho da puta. Até sonho.
Diego says: Lu, eu perdi uma grana enorme com minha ex que so foi FDP comigo...
Luana says: Bom, pelo menos você não ficou com a mortadela na mão.
Diego says: Sim, eu fiquei com a mortadela na mão, Lu. Fiz o diabo ate separar de vez.... Chorei...fiz musica... comprei mil presentes... fiquei dormindo no outro quarto pra dar um tempo..Fui um idiota completo...mas lutei, sai com a cabeca livre...sem culpa nenhuma... mas tem uma hora que chega... Temos que dar valor para nós mesmos...
Luana says: Bom, eu sempre odiei mortadela mesmo.

Um pouco de Manuel Bandeira

Tudo é tempo e contra-tempo!

E o tempo é eterno.

Eu sou uma forma vitoriosa do tempo.

Em luta seletiva, antropofágica.

Com outras formas do tempo: moscas, eletro-éticas, cataclismas, polícias e marimbondos!

Ó criadores das elevações ertificiais do destino eu vos digo!

A felicidade do homem é uma felicidade guerreira. Tenho dito. Viva a rapaziada! O gênio é uma longa besteira!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Poeminha de bate-pronto

Não sou uma capitania hereditária
Que idéia mais salafrária
Tampouco quero ser ditongo
Ser sua semivogal
Prefiro ser hiato
Viver separada de você
E não sofrer a vida conjugal.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Gorgonzola

Este era o queijo favorito de Alberto. Rita sabia. Toda ida ao supermercado era motivo para apanhar mais um pedaço. Valia tudo para agradá-lo.
Goiaba era a fruta favorita de Rita. Alberto sabia. Toda passada na quitanda rendia a compra de uma bela bacia, contendo quatro unidades bem macias. Valia tudo para arrancar um sorriso daquela mulher tão estressada com o trabalho.
Que aquele casal se amava ninguém duvidava. Por mais que brigassem, era nítida a paixão que um sentia pelo outro. Alberto costumava dizer que amava pelos dois, porque ele acabava demonstrando mais os seus sentimentos. Mas quem conhecia Rita sabia que ela era completamente louca por ele. Do jeito dela, claro. Mas era.
Era cinema todo dia, com direito a milkshake gigante do Bobs. Era conchinha todas as noites, com reclamações de Alberto, que insistia que a cama era pequena para os dois. Sempre que se deitava, batia a cabeça na prateleira do quarto dela, cheia de bibelôs. Ela dormia apertada, só para dar mais espaço para o grandalhão. E como ela gostava de vê-lo dormir! Velar o sono é uma das provas de amor mais puras que existem.
Só que o gênio impulsivo do casal fazia o relacionamento balançar a todo momento. Eram brigas diárias. Discussões banais. Frivolidades que não valem a pena serem citadas mas, no caso deles, ganharam uma proporção que tornou a convivência impossível.
O pior é que eles se amavam. Mas o orgulho de ambos, que não aceitavam mudar, azedou o amor. Igual aconteceu com o queijo gorgonzola.
Eles se separaram. Não por falta de amor, nem de queijo, nem de goiabas. Foi por falta de conversa, de cumplicidade, de desabafos de peito aberto. De força, talvez.
Moral da história? Converse. Amor não admite orgulho bobo e nem falta de saliva.
O problema maior é que ela ainda olha o queijo e pensa nele, eu sei. E onde quer que ele esteja, aposto que as goiabas e goiabadas fazem seu coração bater descompassado...