quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O significado dos sonhos....

Sempre que eu consigo me lembrar com que eu sonhei, corro para o google, digito a palavra chave da minha experiência noturna e procuro seu significado. Coisa mais boba, é verdade, mas é vício. Estou postando isso agora porque esta tarde o sonho foi assunto com uma amiga minha. Segue o diálogo, via msn.

JOANNA diz:
sonhei com meu ex
JOANNA diz:
que ele tinha se casado
JOANNA diz:
O que será que isso significa? Vou procurar no google.
JOANNA diz:
De um modo geral, sonhar com casamento nunca é bom presságio. pode indicar desavenças em família, decepções amorosas, notícias desagradáveis etc. Recomenda-se orar pelas pessoas que aparecem no sonho.
JOANNA diz:
CASAMENTO - Se sonha que está assistindo ao seu próprio casamento,
isso é indício de que sua situação atual sofrerá considerável melhoria,
pois receberá ajuda inesperada. No caso, porém, de sonhar que assiste a
um casamento do qual não conhece os noivos e, mais ainda, que assiste à
cerimônia inteira, até a bênção final do sacerdote, espere então pela
morte de um parente, conhecido ou até mesmo de um grande amigo.
JOANNA diz:
CREDO, PUTA QUE O PARIU
JOANNA diz:
casamento em sonho significa morte
JOANNA diz:
que horror
Carolina - Trabalhando diz:
ai
JOANNA diz:
meu
Carolina - Trabalhando diz:
to com medo de viajar agora
JOANNA diz:
fiquei com medo agora
Carolina - Trabalhando diz:
po jo
Carolina - Trabalhando diz:
vou viajar amanhã
Carolina - Trabalhando diz:
credo
Carolina - Trabalhando diz:
mas vc conhecia o noivo
JOANNA diz:
, meu ex
Carolina - Trabalhando diz:
então não é morte
JOANNA diz:
casou coma giane albertoni
JOANNA diz:
hahaha
JOANNA diz:
sério
JOANNA diz:
hahaah
Carolina - Trabalhando diz:
então, vc conhece os noivos
Carolina - Trabalhando diz:
se não conhecesse seria morte
JOANNA diz:
Conheço... mas eu assisti a cerimônia inteira, e agora?
Carolina - Trabalhando diz:
mas ele é que pode morrer
JOANNA diz:
Mas a Giani Albertoni eu só conheço das revistas. Vale assim mesmo?
Carolina - Trabalhando diz:
manda vc orar pelas pessoas que aparecem no sonho
Carolina - Trabalhando diz:
ah, sei lá
JOANNA diz:
Coitado. Está certo que ele não me fez lá muito bem, mas eu é que não quero que ele morra, pô!
Carolina - Trabalhando diz:
já vi essa mulher naquela cantina que fomos uma vez
Carolina - Trabalhando diz:
eu não quero que ninguém morra
JOANNA diz:
Será que a Giane vai tropeçar na Fashion Rio? Hahahaha
Carolina - Trabalhando diz:
fiquei chocada com a morte da dora bria, que nem conheço!
JOANNA diz:
De repente ela vai morrer... de vergonha! hahaha

Piadinhas à parte... será que os sonhos realmente podem nos mandar mensagens durante a noite? Porque sonhamos? Porque nem sempre nos lembramos deles?
As teorias são muitas. Para os psicoterapeutas, sonho nada mais é do que o lixo do inconsciente. Tudo aquilo que de alguma forma está lá para nos atravancar o caminho, o sonho vai lá e tira...
Para os mais místicos, os sonhos tem ainda maior poder: eles são presságios, premonições.
Agora, convenhamos.... quando você vai lá olhar a lista de nomes de possíveis assuntos de sonhos, começa sempre com abacate. Pode checar. A pergunta que não quer calar é... Quem é que sonha com abacate???
Quer saber o que significa?
Vamos lá>
ABACATE - Sonhar com abacate traz sempre bom agouro. Vê-los aos montes: Amor em esperança.Comê-los: Alegria e felicidade.Maduros: Prosperidade.Verdes: Contrariedades.
E a lista pode ser ainda mais bizarra. Olha só o que eu encontrei:
ABANADOR - Significa alívio, descanso, riqueza depois de muita privação. Representa também uma mulher, um filho, um homem cuja companhia se busca.
E eu só precisei pular quatro nomes... e lá estava o abanador.
Será que alguém já sonhou com abanador? Eu não. Nem com abacates. A coisa mais bisonha que apareceu durante um sonho foi uma goma de mascar gigante.
E você? Acredita em sonhos? Qual foi o mais bizarro da sua vida? Ajuda, aí... vai...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Entre o gerúndio e a ignorância

Segue abaixo o final da minha interminável discussão com uma atendente da Sky.
JOANNA:
11:05:52 se eu quiser um ponto extra, então.. tenho que pagar 99 reais e mais 22 por ponto? absurdo isso!
Lilian Andrade:
11:06:03 Ok.
Lilian Andrade:
11:06:13 Um momento que estarei registrando a sua reclamação.

Tem coisas que simplesmente não mudam. A prática do gerúndio já é inerente ao atendente de qualquer serviço de telemarketing, já reparou? Por mais que se faça campanhas e campanhas a favor da abolição desta forma nominal verbal, o gerundismo segue cada vez mais forte. E potencialmente irritante.
Pode reparar. Parece que ela faz de propósito. Se ela tivesse escrito apenas "Ok, irei registrar a sua queixa", eu não teria ficado tão puta da vida. O gerúndio também é uma forma de tortura, um artifício extra para tirar o cliente do sério. O pior é que eles sabem disso. Minha prima foi atendente da Claro e me contou que usava o "estaremos verificando seu pedido" de caso pensado. Depois, ia tomar cerveja com os colegas de trabalho e cada um contava a história do cliente mais esquentadinho do dia...
O jornalismo também tem seus vícios. Além do café e do cigarro, que formam a imagem mais clichê do repórter, algumas expressões largamente utilizadas também provocam um desgosto profundo, semelhante ao que sentimos quando ouvimos um gerúndio.
"Fulano de tal vai correr atrás do prejuízo" - Você corre atrás dos seus prejuízos? Claro, faz uma falta, não...
"Fulano de tal corre risco de vida" - Que bom. Pior seria se ele corresse o risco de morrer, não?
"O fulano foi raptado" - Gente, gente! Rapto não é sinônimo de seqüestro, ok? Como diria o meu antigo professor de legislação, rapto é "crime privilegiado da mulher, com intenções libidinosas". Te juro... era assim que ele falava mesmo.
"Fulano fez o reconhecimento do gramado" - Já reparou como essa expressão é usada? Muitas vezes o jogador nem conhece aquele campo... (eu odeio essa)
"Fulano deu o pulto do gato"... affe, odeio essa também.
"Beltrana será capa e recheio da revista playboy"... (ecat)
"Fulano não escondeu a felicidade ao reencontrar a mãe..." - Alguém esconde isso, me fala?
"O técnico x manteve a mesma equipe" - Juuuuura? Manteve a mesma?

Estou sem tempo para pensar em outras. Mas aceito colaborações. Quais são as expressões que mais te irritam?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Palavras mal ditas

Hoje eu recebi um e-mail de um internauta que me levou à reflexão. Dizia ele que não deveríamos usar, em hipótese alguma, o verbo judiar, pois ele deriva de judeus e seria altamente depreciativo à raça.
O Novo Dicionário da Língua Portuguesa, da autoria de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, define: "JUDIAR: tratar como antigamente se tratavam os judeus; fazer sofrer, maltratar, atormentar"1a. edição, página 805). O significado está claro: não há nada de pejorativo, ao contrário... serve como forma de conscientização.
Assim como judiar, muitas outras palavras que utilizamos no dia a dia têm origem inusitada. A gente fala e nem se dá conta da morfologia dela.
Quando o termo “enfezado” surgiu, definia alguém que estava nervoso por ter defecado nas calças. Ou seja, estava “enfezado”, cheio de fezes. Motivo razoável para ficar descontente, não?
Alguém se lembra de mais alguma? Não vale dizer que coitado vem de coito, heim? Olha lá...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Camelôs modernos

Ando abismada com o rumo da globalização, pelo menos ao que se refere a vendedores ambulantes. Estou eu na praia, tomando sol e bebendo o meu suco de maracujá indefectível, quando dezenas de camelôs aparecem. Eu até havia gostado de alguns brincos e tal, mas não estava com muito dinheiro trocado, e aí a compra foi por água abaixo. O último deles, de sorriso simpático, trouxe a solução: “Eu aceito mastercard”.
E não é que o dito cujo sacou uma maquininha à bateria e efetivou a minha compra no meio do nada, nas areias de praia brava de Balneário Camboriú. Chique, não? Ele é que é esperto. Além de vender mais, ainda não corre o risco de ser roubado no meio do caminho.
E você pensa que acabou por aí?Num outro dia, em outra praia do litoral catarinense, minha cunhada cismou com uma tiazinha que vendia borboletas. Era brinco, colar, anel, tererê, tudo de borboleta. Ela queria cobrar 10 reais pela peça, mas o chororô foi tanto que as borboletinhas baratearam. Mas barganha tem limite, dizia ela, toda espertona: “Eu estudei, colega. Sei muito bem como funciona isso aqui. Você é boa, sabe negociar, mas eu sou melhor”. Ela se pôs a falar tantos termos desconhecidos que achamos por bem parar com a pechincha. Afinal de contas, ela já nos tinha avisado que era a maioral.
Nesta mesma tarde, eu me encantei com um brinco. Sim, era de camelô. O vendedor parou a tábua, repleta de penduricalhos e penas e eu perguntei o preço da peça. "Dez real". Achei caro. Mas ao mesmo tempo, pensei: agora sim, um ambulante das antigas. Calma, não estou sugerindo que camelô que é camelô tem que falar errado, nada disso. Mas essa displiscência gramatical era quase um charme, não? Eu acho que agora são todos muito idiossincráticos, perdeu o encanto. E os danados sabem negociar. O rapaz do rastafári não pensou muito e logo lançou: "Se você não comprar, minha amiga, quando eu voltar da outra ponta da praia já terei vendido todas, e pelo dobro do preço". Me recusei a cair nessa. Não comprei. Fiquei esperando ele voltar, para olhar para sua cara safada e rir de seu fracasso. E não é que o safado vendeu mesmo? Olha, é o que ele diz, mas eu bem acho que ele escondeu o tal do brinco dentro de sua pochete só para não dar o braço a torcer.
É, meus amigos... Orgulho costuma ser caro. Mas, no caso desse ambulante, foi apenas dez real.
E eu fiquei sem o brinco, ok. Ele venceu.