terça-feira, 20 de março de 2007

A IDEOLOGIA E O SONHO

A bandeira da ideologia que tantos carregam por aí é sustentada pelo braço de um sonho.

Há quem diga que quem possui uma não passa de um deformador da realidade. Mas se ideologia é uma visão de mundo, porque haveria de ser considerada deturpada?

Eu disse uma, e não a. É a de artigo indefinido.

Eu sou a favor da monogamia. Esta é a minha ideologia quando o que se discute são as opções de relações pessoais. Há quem goste de multiplicidade. Os árabes que o digam. E quem aqui está errado?

Eu adoro carne vermelha, por mais que eu sinta meu estômago queimar toda vez que como picanha. Minha vizinha é vegetariana e só come verduras e similares. Deixa ela ser feliz com o matinho dela, uai. E eu continuo com a minha maminha mal passada, claro. Talvez nossa diferença sensível fique por conta da taxa do colesterol.

Eu sou espírita. Tenho muitos amigos evangélicos. Católicos são a maioria no mundo. E a unanimidade é burra ou não?

A ideologia seria uma olhadela particular sobre o mundo. Algo de cada um. E sendo assim, estaríamos sempre fadados a fecharmos a cabeça para novas idéias. Eu discordo.
Não existe ex-gay, mas existe ex-vegetariano. É, tem gente que não agüenta viver sem carne.

As idéias mudam, os sonhos mudam... o que dificilmente se altera, depois de alguns anos, são os princípios. Também sou do time que acredita que não existe ex-mau caráter.

E falando em time, meu irmão era palmeirense, virou são-paulino e hoje torce pelo Corinthians.
Viu só? Nunca é tarde para achar a sua ideologia clubística.

Viva a variação das idéias. Só assim a vida tem graça.

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