domingo, 18 de março de 2007

O amor a dois passos da utopia

E a palavra é... UTOPIA.

A concepção da palavra nos remete a algo que não tem chance de se tornar real
Uma missão impossível, um sonho. Ilusões absolutamente necessárias.

Ao pensamento é permitido voar alto. E foi isso que Marcelo fez quando se apaixonou por Isabella.

O amor é uma utopia, sim. Não deixa de ser uma aposta sem garantia alguma. Essas histórias de amores eternos são bonitas nos filmes. A realidade é um tanto mais torta. Qualquer um pode se apaixonar e se desapaixonar sem aviso prévio. No contrato do amor, a única multa rescisória é a dor profunda que atravessa até o pulmão.

No entanto, continuamos sonhando. Utopia é idealizar. E o que a gente faz quando gosta de alguém, me diz? É exatamente isso. Não é a toa que dizem que o amor é deficiente visual... nem poderia deixar de ser. A paixão gosta do que é perfeito. Não existe espaço para rasura.

Isabella desistiu então de Marcelo. A estaca zero voltou... e o amor passou a ser uma nova utopia em sua vida. O rapaz, apaixonado, parte em busca de novas Isabellas, e de cachos morenos.
Olha o perigo. Olha a utopia. Olha o medo. Olha o engano. Vai se meter de novo com isso, colega? Esquece os cachos, esquece o sorriso. Volte a sonhar com outras letras do abecedário.

Não sei porque eu resolvi fazer um paralelo entre o amor e a utopia.

O que, afinal, se pode concluir? Que o amor não passa de uma ilusão, assim como as milhares de utopias que nos alimentam ao longo dos anos. Alimentam e assombram...
Assombram...
A sombra.
O sonho.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar"
(Eduardo Galeano)

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