quinta-feira, 24 de maio de 2007

ELA. QUEM É ELA?

Ela já está debruçada no meu ombro direito
E eu a aperto com gosto.
Não quero perdê-la mais uma vez
Ela que me falta há tantos dias

Na verdade, ela chega mas nunca me alcança
Eu sigo frustrada sem poder tocá-la
Mas ela me toca de qualquer maneira
Não vejo a beleza
Só enxergo a escuridão.
Ah, ela.
A noite.
Dos bêbados e dos equilibristas
Minha cúmplice calada
Vide este céu sem estrela, que rouba minha inspiração
Ah, ela.
A noite que vem de qualquer maneira
E ela sempre a cidade alcança
Eu gostaria de perdê-la mais uma vez
Assim quem sabe eu sonhe
Já que sonho bom me falta há tantos dias.

2 comentários:

Marcello Carrapito disse...

Joanninha, perto de suas palavras, julgo-me primário. O que falar de mais uma obra perfeita? Já está dito no adjetivo antes do ponto de interrogação. E, se lembrou mesmo de mim ao escrever, obrigado. Sinto-me lisonjeado.

Um beijo.

Cristina Casagrande disse...

Q bonito! Cheia de hipérbatos ela...
Bjo.