Ela já está debruçada no meu ombro direito
E eu a aperto com gosto.
Não quero perdê-la mais uma vez
Ela que me falta há tantos dias
Na verdade, ela chega mas nunca me alcança
Eu sigo frustrada sem poder tocá-la
Mas ela me toca de qualquer maneira
Não vejo a beleza
Só enxergo a escuridão.
Ah, ela.
A noite.
Dos bêbados e dos equilibristas
Minha cúmplice calada
Vide este céu sem estrela, que rouba minha inspiração
Ah, ela.
A noite que vem de qualquer maneira
E ela sempre a cidade alcança
Eu gostaria de perdê-la mais uma vez
Assim quem sabe eu sonhe
Já que sonho bom me falta há tantos dias.
"Não estamos bem, mas vamos ficar"
Há 9 anos
2 comentários:
Joanninha, perto de suas palavras, julgo-me primário. O que falar de mais uma obra perfeita? Já está dito no adjetivo antes do ponto de interrogação. E, se lembrou mesmo de mim ao escrever, obrigado. Sinto-me lisonjeado.
Um beijo.
Q bonito! Cheia de hipérbatos ela...
Bjo.
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