sábado, 25 de agosto de 2007

AS MÁSCARAS SEMPRE CAEM

Se somos um personagem em cada situação de nossas vidas, o que acontece então com o que realmente somos? Se é fácil ser capaz de interpretar vários papéis, qual seria o verdadeiro? Aquele que de fato representa a sua alma?
Eu só vivo um protagonista. É a mesma pessoa que compra pão na padaria, faz sexo, briga, chora, trabalha, lambe a tampa do iogurte e sofre.
Tenho me decepcionado ultimamente com a incrível capacidade que algumas pessoas tem para seduzir e, posteriormente, mentir. É claro que eu não falo palavrão para o meu chefe, por mais vontade que eu sinta às vezes, mas isso se chama controle, e não personagem. Eu vou respeitá-lo, mas não deixarei de ser quem eu realmente sou. Cause isso problemas ou não.
As pessoas são diferentes do que se perfazem. Eu sou fã da maquiagem da cara limpa, da verdade, da honestidade. Do amor... não há máscara que possa esconder isso, nem mesmo quando as cortinas se cerram.
Quando eu era estagiária de um jornal, um dos meus editores vivia me chamando a atenção por ser alegre demais. Dizia ele que ambiente de trabalho é para ser sério. Não acho que sorrisos sejam sinônimo de falta de respeito. Ainda assim, tentei me controlar e fazer menos piadas no dia a dia. Mas nunca mudei de verdade. Gosto de ser alegre e trabalhar assim. Não precisei vestir nenhuma máscara de Darth Vaider para parecer sóbria.
Eu odeio essa história de máscara. Sempre que esse assunto surge é para tratar de decepções que colecionamos ao longo do nosso caminho. Se desmascarar é um verbo que sempre antecede algo ruim, porque usar máscaras na vida seria algo positivo?
Cada um de nós somos vários. Isso é fato. Tem a Joanna alegre, a triste, a confusa, a que trabalha, a que gosta de não fazer nada. Mas a essência é sempre a mesma. Você vive situações diferentes, mas o personagem é apenas um: você.
São capítulos de uma mesma história. A novela da sua vida, onde você vive seu sonho e seu drama.
Eu que não serei um gauche na vida e viver na sombra...
Que todos os anjos tortos que existem por aí... passarinho.

3 comentários:

Camila disse...

caraca Jo!
muito bom este texto
eu sou assim tbm...
sem máscaras
falo o que tiver vontade doa a quem doer...
saudade de vc
beijos
cams

Decifra-me... disse...

É, flor...
Já diria Jung que podemos assumir personas diferentes para os nossos diversos ambientes sociais, no entanto, manter a integridade é outra história, não é?
Muitos passarinho, outros - com certeza - passarão. Só Carlos para ser gauche mesmo.
Bjos,

Dani
TCC

Anny disse...

Adorei a sua postagem, bjs