domingo, 16 de setembro de 2007

Todos contra um?

Eu sempre acho que alguém está falando de mim. Tenho essa mania maldita de ficar noiada por qualquer bobagem. Se uma rodinha próxima a mim ri e, por acaso me olha em algum momento, pronto. Lá se vai a minha confiança.
Será que todos nós somos assim?
Um dos meus chefes outro dia me chamou de "desesperada". Ele quis dizer que eu sempre interpretava as coisas prematuramente e, pior, de forma errada. O pior é que, depois de um tempo, eu percebi que não era de todo o exagero o que ele me disse. Sim, eu sou desesperada, noiada, estressada, e mais tantos outros adas que agora não me lembro, devido ao sono que estou sentindo agora.
A gente sempre acha que está sendo traído, passado para trás, que as pessoas não tem caráter. Hoje em dia, a filosofia de quem pretende sobreviver nessa selva que é o mundo dos humanos é: Todos são culpados e filhos da puta até que se prove o contrário!
Por um lado, ser cético quanto às pessoas evita frustrações. Por outro, nos faz perder a sensibilidade que deveríamos ter.
É difícil confiar, é difícil delegar, é difícil dar amor... A alma anda incrédula.
É por isso que a gente gosta de pensar que o ovo tem pêlo. Qualquer dia alguém encontra um, eu nãu duvido!
Uma amiga me relatou há pouco que entrou no orkut da ex-cunhada e viu um comentário do tipo: "Ainda bem que ela terminou com o meu irmão". É claro que ela pensou que o recado fosse para ela, claro! Na hora da perseguição, ela sequer lembrou que o dito cujo do falecido tem cinco irmãos...
O apressado não apenas come crú como também cria uma bela gastrite no estômago.
Outro dia estava na praia com uma outra amiga minha, carioca da gema, e ela cismou que o casal da frente estava tirando sarro dela porque ela estava molhando o cabelo com uma garrafinha. Eu dei mil motivos para ela parar com a nóia. Mas ela quase que jurava que era real. "Aquela menina está me zuando porque eu estou de bermuda na praia". A realidade é que ela estava puta porque foi obrigada a ir à praia "naqueles dias" e, muito por conta disso, criou um monte de minhoca na cabeça.
Tem uma coisa que eu ouvi na oitava série que me doeu, mas eu lembro até hoje. Havia uma menina, chamada Vanessa, que eu odiava. Era uma patricinha nojenta que dizia fazer parte da "alta sociedade de Osasco". (Sim, eu sei, essa expressão é completamente estranha, mas é o que ela dizia). E ela tentou, por diversas vezes, criar situações para me irritar. Mas na única vez que eu resolvi tirar satisfações, ela não havia feito nada. E ela me disse assim: "Joanna. Eu só me lembro que você existe quando sou obrigada a olhar para você na escola". Era mentira, claro... porque ela vivia me tirando do sério por vários motivos. Mas, ouvir isso, me deu uma raiva... De repente poderia ser verdade, vai saber. Verdade mesmo é que a gente se valoriza demais em momentos desnecessários.
Eu também já fiz isso. Já vieram tirar satifações e eu disse, com a boca cheia: "Calma, querido. Você não é tão importante assim".
Desconfiar é algo comum, ainda mais depois de uma coletânea de decepções. Mas vamos evitar o delírio, né? A vida é melhor assim.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Para a minha amiga Ivy

Encontrei esse texto perdido, dentro do meu livro "Notícias do Planalto". Trata-se de um exercício que fiz ainda na faculdade, na matéria técnicas de redação. A proposta era descrever um objeto, sem identificá-lo logo de cara. Vamos ver se você adivinha? Ah! Coloquei esse post em homenagem a Ivy porque ela ama esse texto e amaaaa o taaal objeto... hehehe.

Coisas de mulher...

É vermelho, cor de sangue. Textura suave, material de primeira linha. Quando vi, fui atraída instantaneamente. Não resisti ao rubro que cintiliava na vitrine.

Muitos olhares femininos se lançavam cobiçosos, mas eu tinha reparado primeiro em toda a sua exuberância italiana. Conseqüência da impulsividade, o levei para casa. Morram de inveja, mulheres. Ele é meu!

Não é sempre que me acompanha, afinal, ele foi feito para ocasiões especiais. Foge da regra, rompe o comum. E ainda por cima era meu, de desenho assinado por um dos mais respeitados estilistas. Há quem achasse que se tratava de uma extravagância. Mas seu charme está exatamente em seu ar estrambótico. Só é preciso cuidado para usá-lo.

O conforto que me proporciona é relativo. Devo confessar que me aperta, como se quisesse consumir aquele pedaço de carne. Mas sua beleza e majestade são insuperáveis. O que é a dor perto de algo como aquilo? Onze centímetros de puro prazer. Ai! É capaz de levar qualquer mulher às alturas.

Dá-lhe, Scarpin Vermelho...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Você sabe quando está no Rio de Janeiro quando...

... vê mussarella na sua pizza de calabresa.
E não é só isso! O Rio de Janeiro é o único lugar, pelo menos no Brasil, que ostenta plaquinhas na porta de bares com os seguintes dizeres: "Proibido entrar armado ou com roupas de banho".
RÁ RÁ RÁ.
O biquinis estão tão perigosos quanto uma metralhadora hoje em dia. Ambos podem causar uma tragédia... rs.
No último sábado, eu comi o lanche de frango mais caro da história, e olha que era só pão francês e um filé. Não tinha queijo, nem tomate, nada. Ainda ganhei um potinho de maionese porque fui simpática. O preço da guloseima? Nove reais!! NOVE REAIS. E depois de algumas horas eu entendi o custo do sanduíche... ninguém me avisou que se tratava de um frango falante! Sim, um frango falante! Conversei a noite toda com aquele filé.... arrrrrrrrrrrgh!
Você também sabe quando está no Rio quando fala bom dia para o taxista e ele não te responde.
Ah! E o Rio também serve Salada Ceasar com molho de Aliche! RÁ RÁ RÁ.
Outro detalhe importante: Você definitivamente sabe que está no Rio quando sai para comer e se sente na novela das oito. No domingo, por exemplo, jantei com a Cláudia Raia ao meu lado. No sábado, no Maracanã eu também tive sensação parecia. Tinha muito ator na torcida do Flamengo... parecia teste de elenco!
O Rio é mesmo muito peculiar. Biscoito globo e matte gelado abundando em qualquer areia carioca...
Meu fim de semana foi engraçado. E o seu?