quinta-feira, 26 de abril de 2007

BIB BROTHER CORINTHIANS

E o próximo eliminado é... Magrão!
Pois é. O volante da Fiel, ao que tudo indica, vai abandonar o barco. Não exatamente por sua vontade, mas devido a sonolência da diretoria corintiana.

Estive com Magrão na última terça-feira em Atibaia. Batemos um papo de uma hora e meia, com muitas revelações e desabafos. A figura do torcedor Magrão com a do dono da camisa 11 se misturam o tempo todo. É engraçado vê-lo analisar a situação do time. Sempre acaba saindo um puta que o pariu!!!!!!!!!!!!!!!!! (Foi mal aí o palavrão, mas precisei dele para dar realidade ao post)

Eu vou falar que nem vi o jogo contra o Náutico. Depois que saiu o segundo gol, eu fui ver o LOST, porque se é pra ver perdido na televisão, eu prefiro o Jack e o Sawyer... hehehehe (Amor, brincadeira, viu...!)

Enfim, estou de mau-humor, na TPM, zangada com algumas pessoas, triste com outras, tem uma espinha chata na minha testa e meu ovo de páscoa acabou! Ahhhhhhhhh

Descobri que meu blog é até que bem lido... hehehe. Vc aí que entrou só para dar uma bisbilhotadinha na minha vida, sinta-se à vontade! No orkut também. Não tenho nada para esconder, muito pelo contrário... e se tivesse, não iria ficar desabafando na internet, não é?

Inveja é a forma de admiração mais complexa que existe. Então... obrigada ;)

Beijo para todos! Pra vc tb, bisbilhoteiro (a)!!

domingo, 15 de abril de 2007

CONFESSO QUE VIVI

EU DEI BOLA PARA UM JOGADOR!

Calma aí, mentes apressadas. O título do blog se refere à atividade inusitada que eu desempenhei neste sábado, durante a primeira partida das semifinais do Paulistão 2007. A fim de evitar problemas nesta fase da competição, a Federação Paulista de Futebol resolveu escalar mulheres para atuar como gandula. E eu fui uma delas, afinal, não basta ser repórter, tem que participar.

A primeira etapa da jornada-gandula foi um treinamento no Pacaembu, local da partida.

Como você pode notar na foto ao lado, foi divertido. Eu brinquei muito e não vi dificuldade alguma no trabalho. Mas observando o desempendo de algumas das meninas, cheguei a ficar preocupada. Se confundiam com facilidade e corriam pouco. Quando voltei à sede da federação, o comentário de alguns funcionários era maldoso. Muitos ali não confiavam na capacidade delas. ( E da minha, será???!)

Eu pedi ao Coronel Marinho para ficar atrás do gol, em frente ao Tobogã. Queria ficar longe da torcida o máximo que pudesse, com medo de ouvir besteira. Fui advertida que ali era a posição que mais exige atenção e corrida e aceitei assim mesmo. Não sou maratonista, mas não tenho problemas para dar um pique básico.

Sábado, dia do jogo. Nos encontramos às 14h na sede da Federação Paulista. Lá provamos o uniforme e já saímos devidamente trajadas rumo ao Pacaembu. Foi uma sensação. Todo mundo queria ver as gandulas, era muito engraçado. No meu caso, fui sacaneada pelos colegas jornalistas, que tomaram um susto quando me viram ali com o uniforme da federação. Mas todo elogiaram a iniciativa.

No começo, até brincamos com a torcida. Eu agitava as meninas para saudar o pessoal da arquibancada, e fomos até que bem recebidas. Só um detalhe atrapalhou um pouco e eu nem havia reparado, mas os olhos atentos do torcedor santista não perdoaram: Usávamos um agasalho tricolor: calça preta, blusa vermelha e casaco branco... muitos santistas não deixaram passar a coincidência. E falando em uniforme, apesar da Federação ser patrocinada pela Topper, cada peça que usamos era de uma marca diferente. Foi fita isolante para tudo quanto é logo.

Tomei duas garrafas de isotônico porque o calor estava infernal e fomos para o vestiário fazer nossa “preleção”. Gandula também discute esquema tático, gente! Eu, por exemplo, fiquei na posição número 1, a única gandula que não tem ajuda extra de uma companheira. O resultado dessa escolha é que eu correria mais do que as outras, e sob o olhar atento do simpático Coronel Marinho.

Mas na hora do jogo mesmo, confesso que fiquei um pouco temerosa. A área de minha responsabilidade estava repleta de fios. Toda vez que eu ia correr, pensava que poderia tomar um tombo espetacular, que seria vaiado por um estádio lotado! Mas eu não caí, graças a Deus.


Em compensação, nem começou a partida e eu já percebi o quanto o gandula necessita da imparcialidade. O cidadão aí na foto acima é o Nilton, preparador de goleiros do Bragantino. Ele me infernizou para que eu entregasse a bola do jogo para ele treinar com o Felipe, arqueiro titular do Leão. Foi inconveniente, grosseiro e merece ser citado aqui. Olha a foto! Não preciso nem falar mais nada, não é mesmo? Gandula sofre... Se fosse um garoto contratado pelo time mandante, com certeza a bola da Federação já teria ido pro saco...
Fora isso, nada demais aconteceu comigo, mas algumas meninas foram ofendidas pelos jogadores. O zagueiro Antônio Carlos, por exemplo, xingou uma das meninas porque ela colobou a bola no lugar certo e não onde ele queria. Ah se tivesse sido comigo...

Uma outra gandula, que ficou na lateral do campo, fez uma grande besteira, que lhe rendeu “elogios” durante toda a partida. O Santos cobra falta e, com a bola já em jogo, ela lança uma outra para um jogador do Bragantino. Nenhum dos dois, nem ela nem o dito cujo, tinham visto que a partida já estava rolando normalmente. E dá-lhe vaia.

No primeiro tempo eu devo ter corrido atrás de umas oito bolas. No segundo nem isso. O ataque do Bragantino não estava tão inspirado e, de fato, eles estavam até satisfeitos com o empate. Como a pontaria não estava tão ruim, não precisei ir buscar a bola perto da torcida. Essa foto abaixo é culpa do fotógrago, MARCOS RIBOLI, que jogou de propósito a redondinha para longe, só para me fazer correr e ouvir umas "declarações de amor".




Como a minha posição era distante da arquibancada, se fui xingada não ouvi. E já que eu não fiz nenhuma lambança, não houve manifestações em massa. Saí ilesa e minha mãe foi poupada!

Fim de jogo! A participação das meninas super-poderosas foi um sucesso!
Nova reunião nos vestiários e o resultado? Fomos aprovadas!
Fomos rápidas e imparciais! O Artur Alves, nosso "treinador", até exagerou nos elogios.

- Vocês foram perfeitas e vão mudar os rumos do futebol. A partir de hoje fica a sugestão de que só deveriam ser utilizadas gandulas mulheres.
As meninas se encheram de orgulho e garantiram que não vão parar por aí. Cada uma recebeu o cachê de 50 reais, o uniforme que usaram e voltaram para casa cheias de vontade de fazer tudo aquilo novamente.

Quanto a mim, estou morrendo de dor na panturrilha! Mas valeu pela experiência. Foi bom “participar” do jogo. Mas no fim de semana que vem estarei do outro lado...




segunda-feira, 2 de abril de 2007

Lira do amor romântico

Atirei um limão n'água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.

Atirei um limão n'água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.

Atirei um limão n'água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
odo amor vive de engano.

Atirei um limão n'água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.

Atirei um limão n'água
mas perdi a direção
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!

Atirei um limão n'água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.

Atirei um limão n'água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
é dor de quem muito amou.

Atirei um limão n'água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.

Atirei um limão n'água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.

Atirei um limão n'água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.

Atirei um limão n'água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.

Atirei um limão n'água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.

Atirei um limão n'água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh'alma dolorida.

Atirei um limão n'água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.

Atirei um limão n'água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.

Atirei um limão n'água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?

Atirei um limão n'água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado para trás.

Atirei um limão n'água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
Você não ama: tortura.

Atirei um limão n'água
e caí n'água também
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.

Atirei um limão n'água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.