segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Desabafo de um verso

Nesse exato momento em que você lê esse texto
Poderia estar ao lado da pessoa que ama
Mas a poesia é sempre o melhor pretexto
Para conversar com quem se inflama
A qualquer indício de discussão
Quem foge da conversa hoje
Pode chorar amanhã por ter se calado

A poesia é a desculpa que eu tenho
É o meu desabafo sincero
Aqui sim eu posso falar o que quero
E você é obrigado a ler quieto
Com o ruído da noite e de seus pensamentos

Os sonhos não dependem do seu travesseiro
Você pode acordar e continuar desejando o impossível
Mas quem não quer querer
Morre um pouco a cada dia
Como quem vive de passado
E se afoga na apatia
E fica sem um pedaço
Que ficará esquecido na gaveta da agonia.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Presente para mim

Ela estava ali parada,mas caminhava...como caminhava...as vezes com amigas...as vezes com amigos...mtas vezes ate com chefes...

Uma vez na Granja Comary,Outra no ct de um clube paulistano,Hora em eventos,Hora deslumbrante por alguma avenida de SP,pinta de jornalista esportiva,que se reflete em uma gândula,de tao apaixonada por seu trabalho...

Posa para fotos com personagens de desenho animado,sempre com seu sorriso ativado,meu coracao parecia curvado, diante daquele enlace armado.Diante daquele olhar almejado,daquele sorriso desejado...Sublime seja a felicidade de uma mulher que apaixona um homem com o simples gesto de ser mulher!


Ausias Marc - 12/12/07 - Barcelona

Obrigada, queri...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Frases que a gente odeia ouvir (ou ler)

1 - Sua sessão expirou.
2- Página em manutenção. Tente mais tarde!
3 - Não sei por que, mas você parece a minha mãe.
4 - Você engordou, não? Sua bunda está enorme.
5 -Você emagreceu? Cadê a sua bunda? Já fez BO?
6 - O problema não é você. Sou eu. Eu que estou no momento errado.
7 - Então, voltei a encontrar o meu ex.
8 - Esqueci a carteira!
9 - Não foi possível completar a sua chamada.
10 - Esse telefone não existe. Consulte o catálogo telefônico ou o serviço de informações.
11 - Me dá uma carona? Eu moro logo ali, em Caieiras.
12 - Nossa, sua olheira está terrível. Você dormiu hoje?
13 - Neste momento todas as atendentes estão ocupadas
14 - Você é um excelente funcionário, mas infelizmente estamos em um período de cortes.
15 - Você, que é uma pessoa inteligente, sabe que...
16 - Precisamos conversar...
17 - Tem uma alface no seu dente !

Gostou? então colabore!!!!
Mande sua frase!

CONTRIBUIÇÕES:

Fabio Penna diz:
eu odeio ouvir...
Fabio Penna diz:
E aí? Notícias?
Fabio Penna diz:
eu sempre respondo...
Fabio Penna diz:
http://www.g1.com.br/

Mais uma contribuição:

αnα lαurα diz:
tô pensando aqui
αnα lαurα diz:
serve "Este programa realizou uma operação ilegal e será fechado" ?

Mais uma:

Helder diz:
"relaxa...logo voce esquece ele (a"
Helder diz:
"Voce e meu melhor amigo" (frase de bebado)
Helder diz:
" a gente precisa se ver mais" (ainda bebado)
Helder diz:
"Relaxa...ja fiz isso mil vezes"
Helder diz:
"Corta o fio vermelho"
Helder diz:
"Com emoção ou sem emoção? "

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Relações Modernas

Até quando você vai chorar com a Mortadela na mão?

Este texto é inspirado em um fato real: Em homenagem a alguém que bate a cabeça na parede, sofre, mas não deixa de fazer o que o coração manda. Deixo aqui o exemplo dela e promovo uma reflexão, que deve até virar piada entre os meus amigos frequentadores deste blog... Por que as pessoas insistem em sofrer com a mortadela na mão?

Luana era assim. Impulsiva. Fazia o que dava na telha, para o bem e para o mal. Queria voltar para o ex. Foi até a casa dele, enfrentou o orgulho ferido. Ouviu o coração. Depois de uma noite maravilhosa, ela chega com o café da manhã e se depara com um ser completamente insensível. Ela ficou ali, com a mortadela na mão. Dia seguinte, desabafou com um amigo chegado.

Diego says: Vai querer chorar com a mortadela na mao quanto tempo???
Luana says: hahahahaha
Luana says: Ele se deu bem. Comprei até cerveja para o filho da puta. Até sonho.
Diego says: Lu, eu perdi uma grana enorme com minha ex que so foi FDP comigo...
Luana says: Bom, pelo menos você não ficou com a mortadela na mão.
Diego says: Sim, eu fiquei com a mortadela na mão, Lu. Fiz o diabo ate separar de vez.... Chorei...fiz musica... comprei mil presentes... fiquei dormindo no outro quarto pra dar um tempo..Fui um idiota completo...mas lutei, sai com a cabeca livre...sem culpa nenhuma... mas tem uma hora que chega... Temos que dar valor para nós mesmos...
Luana says: Bom, eu sempre odiei mortadela mesmo.

Um pouco de Manuel Bandeira

Tudo é tempo e contra-tempo!

E o tempo é eterno.

Eu sou uma forma vitoriosa do tempo.

Em luta seletiva, antropofágica.

Com outras formas do tempo: moscas, eletro-éticas, cataclismas, polícias e marimbondos!

Ó criadores das elevações ertificiais do destino eu vos digo!

A felicidade do homem é uma felicidade guerreira. Tenho dito. Viva a rapaziada! O gênio é uma longa besteira!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Poeminha de bate-pronto

Não sou uma capitania hereditária
Que idéia mais salafrária
Tampouco quero ser ditongo
Ser sua semivogal
Prefiro ser hiato
Viver separada de você
E não sofrer a vida conjugal.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Gorgonzola

Este era o queijo favorito de Alberto. Rita sabia. Toda ida ao supermercado era motivo para apanhar mais um pedaço. Valia tudo para agradá-lo.
Goiaba era a fruta favorita de Rita. Alberto sabia. Toda passada na quitanda rendia a compra de uma bela bacia, contendo quatro unidades bem macias. Valia tudo para arrancar um sorriso daquela mulher tão estressada com o trabalho.
Que aquele casal se amava ninguém duvidava. Por mais que brigassem, era nítida a paixão que um sentia pelo outro. Alberto costumava dizer que amava pelos dois, porque ele acabava demonstrando mais os seus sentimentos. Mas quem conhecia Rita sabia que ela era completamente louca por ele. Do jeito dela, claro. Mas era.
Era cinema todo dia, com direito a milkshake gigante do Bobs. Era conchinha todas as noites, com reclamações de Alberto, que insistia que a cama era pequena para os dois. Sempre que se deitava, batia a cabeça na prateleira do quarto dela, cheia de bibelôs. Ela dormia apertada, só para dar mais espaço para o grandalhão. E como ela gostava de vê-lo dormir! Velar o sono é uma das provas de amor mais puras que existem.
Só que o gênio impulsivo do casal fazia o relacionamento balançar a todo momento. Eram brigas diárias. Discussões banais. Frivolidades que não valem a pena serem citadas mas, no caso deles, ganharam uma proporção que tornou a convivência impossível.
O pior é que eles se amavam. Mas o orgulho de ambos, que não aceitavam mudar, azedou o amor. Igual aconteceu com o queijo gorgonzola.
Eles se separaram. Não por falta de amor, nem de queijo, nem de goiabas. Foi por falta de conversa, de cumplicidade, de desabafos de peito aberto. De força, talvez.
Moral da história? Converse. Amor não admite orgulho bobo e nem falta de saliva.
O problema maior é que ela ainda olha o queijo e pensa nele, eu sei. E onde quer que ele esteja, aposto que as goiabas e goiabadas fazem seu coração bater descompassado...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação,
o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso,
voz modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

(Carlos Drummond de Andrade)

domingo, 25 de novembro de 2007

Quinteto triste

O seu violão repousa na sala

A sua música parou de tocar

E eu nem percebi

O quanto esse acorde fez falta

Na trilha sonora das minhas manhãs

E as tardes que tardam

Como eu lhe disse um dia

São tão vazias e tristes

Que quase choram chuva

A primavera é quem não deixa

A noite é ainda pior

Sem os teus pés no fundo da cama

O seu pijama também reclama

Da falta que o seu cheiro faz

Nos lençóis que ficarão tão órfãos de você.


E qual é o seu partido nisso tudo?

Eu pensei que você fosse um bom partido

E por isso mesmo eu nunca pensaria

Que um dia

Você seria o meu coração partido.

sábado, 24 de novembro de 2007

Então... boa sorte!

É só isso
Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz
Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sobrenomes...

Todo mundo tem um nome
Que quando ouve
Não importa o sobrenome
Até o fígado suspira
Aquele nome que os anos não apagam
O nome que formam tantos nomes mas que só trazem uma lembrança
A Paula esmigalhou os seus sonhos?
O Ricardo fez você acreditar no amor e depois sumiu?
A Juliana te traiu.
Sempre existe um nome
Ou muitas vezes mais do que um
Que te provoca, que te cutuca, que te fere os ouvidos
Não importa a pessoa...
Mas o nome fica guardado no peito
Aquele nome que vc não pode ouvir
E nem gosta de falar.
Aquele nome.
Quantas Marias e Clarices existem no mundo?
Ou Pedros e Joãos?
Pode apostar que algum nome balança o seu coração.
O nome do amor que você perdeu
Ou da sorte que você levou.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Idéias fugitivas

Eu estava pensando em tantas coisas legais para postar no blog. É sério, vários temas bacanas passaram pela minha cabeça durante todo o dia. Mas quando eu resolvi colocar o plano do post em prática... elas simplesmente fugiram. Eu sei que eu vou lembrar delas assim que desligar o computador, ou quando estiver dirigindo, porque idéia é um espírito zombeteiro.
Vamos então às bobagens:

- Recebi um e-mail hoje anunciando uma novidade muito importante para a humanidade. Sabe aquelas bolhas de ar das embalagens que envolvem aparelhos eletrônicos, as bolinhas que você passa a tarde toda estourando? Existe uma versão online para elas. Faz até barulho.

- Recebi também uma newsletter que garante solucionar a minha disfunção erétil. Sério, gente, não sei porque isso chega todos os dias à minha caixa postal. Vou acreditar em breve que tenho pinto e, pior, que ele não funciona.

Estou feliz porque acabo de copiar os dois últimos episódios do Heroes. Que maravilha...!
Faço hora na redação porque o trânsito está caótico. Dizem que é por causa de um tal de Feriado. O nome é até familiar, mas sabe que eu não lembro do dito cujo? rs

O meu feriado será assim: Seleção Brasileira e São Paulo...
Praia? Quem precisa de praia quando se tem um treino para assistir, não é mesmo? Hehehe.

Bom, já que as idéias fugiram, vou aproveitar a carona.
E eu sei que assim que desligar o computador, como disse acima, as travessas vão dar o ar da graça.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

A zona do agrião

Como é ardida a pequena área. Nao fosse tão ameaçadora, qual seria a explicação para tantos gols perdidos? Porque não se faz mais atacantes como antigamente?
Como é verde e ardida essa pequena área. Fere os olhos. A roupa do goleiro espanta. O vento bate mais forte naquele pequeno pedaço de gramado.
O Zé tropeçou na pequena área. O Zé fraquejou na pequena área. O Zé esqueceu do gol.
Porque é tão ardida essa áreazinha. Ela é tão pequena e tão apimentada.
Faltou espaço para a conclusão...
Xi, adiantou demais, tiro de meta!
Saaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiu o goleirooooo!
Como ela é ardida. Ela me irrita. Quanto ranço ela carrega.
Como é pequena essa área ardida. Não fosse tão ameaçador, talvez o Zé tivesse acertado o pé. E qual seria a explicação para tantos Zés perdidos? É que não se faz mais pequenas áreas como antigamente...

domingo, 11 de novembro de 2007

Parafraseando Chico Buarque...

Saiu em disparada em um ataque rápido
Driblou uns dois zagueiros como se fosse mágico
E a bola saiu rodando como se estivesse bêbada
E se acabou no gol em um final tão trágico
Para o rival que perdeu e entrou em pânico
E morreu nas semifinais atrapalhando o sábado
Mas o atacante vibrou como se fosse um príncipe
E se acabou no chão comemorando o prêmio
E para acabar o verso vou usar uma anáfora?
Morreu com o troféu na mão como se fosse o único.

Já inventou uma palavra hoje?

Neologismo é um fenômeno linguístico que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de novo sentido a uma antiga; pode ser um comportamento espontâneo próprio do ser humano ou meramente artificial para fins pejorativos.

Ainda vou criar o meu próprio dialeto.

A noite e a madrugada

A noite é uma companhia ingrata.
Ela parece que fica calada,
Mas grita tantas coisas no meu ouvido...
A madrugada é uma amiga traiçoeira.
Ela me consome e depois some com a luz do dia.
Acelera todos os meus pensamentos e aflições.
Faz girar o carrossel da dúvida.
Faz acelerar a montanha-russa dos meus medos. T
odos os dias são iguais se com ela passo... se com ela não durmo.
Anoitece... e eu já penso nelas duas, que são as parceiras do desassossego.
Mas hoje eu vou me encontrar é com os meus sonhos, porque há tempos que não durmo e a noite, você sabe. É uma companhia ingrata.
Ela parece falar comigo.
Mas com ela eu apenas morro mais um dia calada.

QUANDO PERDERES O GOSTO HUMILDE DA TRISTEZA

Este poema do Manuel Bandeira é para você.
Beijo.

Quando perderes a gosto humilde da tristeza,
Quando nas horas melancólicas do dia,
Não ouvires mais os lábios da sombra
Murmurarem ao teu ouvido
As palavras de voluptuosa beleza
Ou de casta sabedoria;
Quando a tua tristeza não for mais que amargura,
Quando perderes todo estímulo e toda crença,
- A fé no bem e na virtude,
A confiança nos teus amigos e na tua amante,
Quando o próprio dia se te mudar em noite escura
De desconsolação e malquerença;
Quando, na agonia de tudo o que passa
Ante os olhos imóveis do infinito,
Na dor de ver murcharem as rosas,
E como as rosas tudo o que é belo e frágil,
Não sentires em teu ânimo aflito
Crescer a ânsia de vida como uma divina graça:
Quando tiveres inveja, quando o ciúme
Cristar os últimos lírios de tua alma desvirginada;
Quando em teus olhos áridos
Estancarem-se as fontes das suaves lágrimas
Em que se amorteceu o pecaminoso lume
De tua inquieta mocidade: Então sorri pela última vez, tristemente,
A tudo o que outrora Amaste. Sorri tristemente... S
orri mansamente...em um sorriso pálido...pálido
Como o beijo religioso que puseste
Na fronte morta de tua mãe...S
obre a tua fronte morta...

Manuel Bandeira

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O travesseiro do Richarlyson

Desde que o mundo é mundo, o ser humano é movido pela curiosidade. Os detalhes tão pequenos de nós dois e as mentiras sinceras sempre interessam a alguém. Todo mundo critica a revista Caras, fala que é coisa de acéfalo, mas estica o pescoço quando vê alguém lendo. Toda mulher quer ver se a Luciana Gimenez tem celulite, isso é fato consumado.
O Big Brother acrescenta algo na vida de alguém? Não. É entretenimento. Mas é uma das maiores audiências da Globo. É visto pelas pessoas mais simples aos intelectualóides. É feito para divertir, não para criar conceitos. Quando se deseja isso, é melhor comprar a Carta Capital.
Estou desabafando porque escrevi duas notas sobre o Richarlyson no último mês que me deram certa dor de cabeça. A primeira delas, uma foto, na realidade, em que o jogador aparece estudando com um colega de classe. Viram tanta maldade na imagem que sério, nem em meus mais profundos pensamentos eu poderia subtrair algo tão maldoso. Agora, uma outra matéria em que o volante está com seu travesseiro surge para gerar mais confusão.
Eu recebi um monte de mensagens me pedindo "cautela" ao escrever algo sobre o Richarlyson, que se fosse o Miranda não teria problema. É engraçado isso. Porque, se eu realmente precisar ter "cautela" é porque sou preconceituosa com ele. E isso eu não sou. Para mim, ele é um jogador como qualquer outro e merece respeito. Acho interessante porque a torcida faz o demônio com ele e depois cobra esse tipo de "cautela".
Vi o relatório de audiência outro dia e a matéria mais acessada era uma que falava sobre a celulite da Claire, do Heroes. No mesmo dia, uma das mais vistas na área DE ESPORTE foi a galeria de fotos da musa do São Paulo Karina Bacchi. Na parte "séria" do Globo.com, o G1, a maior mandioca do mundo também arrebanhou muitos internautas.
Todos esses textos são pequenas curiosidades, bobagens, um molhinho do dia a dia do jornalismo. Servem para divertir, afinal de contas o jornalismo não é feito só de análises do PIB. Mesmo no esporte, somos o terceiro olho do torcedores, e gostaríamos de informar a ele não apenas a escalação do próximo domingo como também os bastidores, que dificilmente eles teriam acesso. O travesseiro do Richarlyson era apenas um detalhe, daqueles que a gente gosta de saber, que nos aproxima do dia a dia do clube, que nos confere intimidade. Assim como o nosso próprio travesseiro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Mulheres com saco?

Eu trabalho com futebol. Isso faz de mim uma mulher diferente, sei disso. A minha profissão acaba endurecendo algumas facetas da personalidade feminina. Não que eu seja uma grossa completa. Eu até sou delicada. Mas acontece que outras qualidades superam as perfumarias costumeiras de toda mulher. E quando eu digo qualidade, não me refiro exatamente a algo elogioso e, sim, a uma característica. Sou objetiva, tenho poucas frescuras e, sim, tomo a iniciativa para chamar o garçom, seja para fazer o pedido, trocar o sabor do suco, ou para pagar a conta. Isso não faz de mim uma sem-ovário, faz?

O que isso tem demais, meu Deus do céu? Jesus amado! O que isso pode ameçar alguém, me responda?Se eu não mencionasse que sei de trás para a frente a escalação do São Paulo, eu poderia ser mais mulher que alguma outra que sabe de cor e saltteado a seleção dos melhores cremes para pés de galinha?

Estou tão cansada de ser diferente. Mas eu gosto tanto! Eu sei explicar o que é impedimento mas também já li a respeito do ácido retinóico e seus benefícios para a epiderme.

Eu já ouvi de um ex-namorado que, já que quero ser jornalista, deveria escrever algo "mais feminino". Para ser mulher, só se eu fosse repórter da Marie Claire! Ah sim, porque a revista Nova ele considera um guia prático para prostituas modernas. Esse mesmo ex não gostava de me ver conversando com os amigos dele sobre o Corinthians ou, pior: era comum que eu os vencesse em uma disputa de Winning Eleven.

Existe tanto preconceito na nossa profissão, tanta desconfiança, tanta... E é tão engraçado isso. Eu, por exemplo, era a única que sentia cólicas mentruais durante a coletiva do Dunga.E era real, cara. Umas duas vezes por dia eu tinha que correr ao banheiro com um OB escondido na mão.
Dei um toque feminino ao banheiro da Granja Comary e levei até um sabonete hidratante.

Enfim, viva as mulheres e a higiene das mãos!
Mulher com saco? Só se for saco cheio...

domingo, 16 de setembro de 2007

Todos contra um?

Eu sempre acho que alguém está falando de mim. Tenho essa mania maldita de ficar noiada por qualquer bobagem. Se uma rodinha próxima a mim ri e, por acaso me olha em algum momento, pronto. Lá se vai a minha confiança.
Será que todos nós somos assim?
Um dos meus chefes outro dia me chamou de "desesperada". Ele quis dizer que eu sempre interpretava as coisas prematuramente e, pior, de forma errada. O pior é que, depois de um tempo, eu percebi que não era de todo o exagero o que ele me disse. Sim, eu sou desesperada, noiada, estressada, e mais tantos outros adas que agora não me lembro, devido ao sono que estou sentindo agora.
A gente sempre acha que está sendo traído, passado para trás, que as pessoas não tem caráter. Hoje em dia, a filosofia de quem pretende sobreviver nessa selva que é o mundo dos humanos é: Todos são culpados e filhos da puta até que se prove o contrário!
Por um lado, ser cético quanto às pessoas evita frustrações. Por outro, nos faz perder a sensibilidade que deveríamos ter.
É difícil confiar, é difícil delegar, é difícil dar amor... A alma anda incrédula.
É por isso que a gente gosta de pensar que o ovo tem pêlo. Qualquer dia alguém encontra um, eu nãu duvido!
Uma amiga me relatou há pouco que entrou no orkut da ex-cunhada e viu um comentário do tipo: "Ainda bem que ela terminou com o meu irmão". É claro que ela pensou que o recado fosse para ela, claro! Na hora da perseguição, ela sequer lembrou que o dito cujo do falecido tem cinco irmãos...
O apressado não apenas come crú como também cria uma bela gastrite no estômago.
Outro dia estava na praia com uma outra amiga minha, carioca da gema, e ela cismou que o casal da frente estava tirando sarro dela porque ela estava molhando o cabelo com uma garrafinha. Eu dei mil motivos para ela parar com a nóia. Mas ela quase que jurava que era real. "Aquela menina está me zuando porque eu estou de bermuda na praia". A realidade é que ela estava puta porque foi obrigada a ir à praia "naqueles dias" e, muito por conta disso, criou um monte de minhoca na cabeça.
Tem uma coisa que eu ouvi na oitava série que me doeu, mas eu lembro até hoje. Havia uma menina, chamada Vanessa, que eu odiava. Era uma patricinha nojenta que dizia fazer parte da "alta sociedade de Osasco". (Sim, eu sei, essa expressão é completamente estranha, mas é o que ela dizia). E ela tentou, por diversas vezes, criar situações para me irritar. Mas na única vez que eu resolvi tirar satisfações, ela não havia feito nada. E ela me disse assim: "Joanna. Eu só me lembro que você existe quando sou obrigada a olhar para você na escola". Era mentira, claro... porque ela vivia me tirando do sério por vários motivos. Mas, ouvir isso, me deu uma raiva... De repente poderia ser verdade, vai saber. Verdade mesmo é que a gente se valoriza demais em momentos desnecessários.
Eu também já fiz isso. Já vieram tirar satifações e eu disse, com a boca cheia: "Calma, querido. Você não é tão importante assim".
Desconfiar é algo comum, ainda mais depois de uma coletânea de decepções. Mas vamos evitar o delírio, né? A vida é melhor assim.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Para a minha amiga Ivy

Encontrei esse texto perdido, dentro do meu livro "Notícias do Planalto". Trata-se de um exercício que fiz ainda na faculdade, na matéria técnicas de redação. A proposta era descrever um objeto, sem identificá-lo logo de cara. Vamos ver se você adivinha? Ah! Coloquei esse post em homenagem a Ivy porque ela ama esse texto e amaaaa o taaal objeto... hehehe.

Coisas de mulher...

É vermelho, cor de sangue. Textura suave, material de primeira linha. Quando vi, fui atraída instantaneamente. Não resisti ao rubro que cintiliava na vitrine.

Muitos olhares femininos se lançavam cobiçosos, mas eu tinha reparado primeiro em toda a sua exuberância italiana. Conseqüência da impulsividade, o levei para casa. Morram de inveja, mulheres. Ele é meu!

Não é sempre que me acompanha, afinal, ele foi feito para ocasiões especiais. Foge da regra, rompe o comum. E ainda por cima era meu, de desenho assinado por um dos mais respeitados estilistas. Há quem achasse que se tratava de uma extravagância. Mas seu charme está exatamente em seu ar estrambótico. Só é preciso cuidado para usá-lo.

O conforto que me proporciona é relativo. Devo confessar que me aperta, como se quisesse consumir aquele pedaço de carne. Mas sua beleza e majestade são insuperáveis. O que é a dor perto de algo como aquilo? Onze centímetros de puro prazer. Ai! É capaz de levar qualquer mulher às alturas.

Dá-lhe, Scarpin Vermelho...

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Você sabe quando está no Rio de Janeiro quando...

... vê mussarella na sua pizza de calabresa.
E não é só isso! O Rio de Janeiro é o único lugar, pelo menos no Brasil, que ostenta plaquinhas na porta de bares com os seguintes dizeres: "Proibido entrar armado ou com roupas de banho".
RÁ RÁ RÁ.
O biquinis estão tão perigosos quanto uma metralhadora hoje em dia. Ambos podem causar uma tragédia... rs.
No último sábado, eu comi o lanche de frango mais caro da história, e olha que era só pão francês e um filé. Não tinha queijo, nem tomate, nada. Ainda ganhei um potinho de maionese porque fui simpática. O preço da guloseima? Nove reais!! NOVE REAIS. E depois de algumas horas eu entendi o custo do sanduíche... ninguém me avisou que se tratava de um frango falante! Sim, um frango falante! Conversei a noite toda com aquele filé.... arrrrrrrrrrrgh!
Você também sabe quando está no Rio quando fala bom dia para o taxista e ele não te responde.
Ah! E o Rio também serve Salada Ceasar com molho de Aliche! RÁ RÁ RÁ.
Outro detalhe importante: Você definitivamente sabe que está no Rio quando sai para comer e se sente na novela das oito. No domingo, por exemplo, jantei com a Cláudia Raia ao meu lado. No sábado, no Maracanã eu também tive sensação parecia. Tinha muito ator na torcida do Flamengo... parecia teste de elenco!
O Rio é mesmo muito peculiar. Biscoito globo e matte gelado abundando em qualquer areia carioca...
Meu fim de semana foi engraçado. E o seu?

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Máscaras - por Augusto dos Anjos

Eu sei que há muito pranto na existência
Dores que ferem corações de pedra,
E onde a vida borbulha e o sangue medra,
Aí existe a mágoa em sua essência.
No delírio, porém, da febre ardente
Da ventura fugaz e transitória
O peito rompe a capa tormentória
Para sorrindo palpitar contente.
Assim a turba inconsciente passa,
Muitos que esgotam do prazer a taça
Sentem no peito a dor indefinida.
E entre a mágoa que a másc'ra eterna apouca
A Humanidade ri-se e ri-se louca
No carnaval intérmino da vida.

sábado, 25 de agosto de 2007

AS MÁSCARAS SEMPRE CAEM

Se somos um personagem em cada situação de nossas vidas, o que acontece então com o que realmente somos? Se é fácil ser capaz de interpretar vários papéis, qual seria o verdadeiro? Aquele que de fato representa a sua alma?
Eu só vivo um protagonista. É a mesma pessoa que compra pão na padaria, faz sexo, briga, chora, trabalha, lambe a tampa do iogurte e sofre.
Tenho me decepcionado ultimamente com a incrível capacidade que algumas pessoas tem para seduzir e, posteriormente, mentir. É claro que eu não falo palavrão para o meu chefe, por mais vontade que eu sinta às vezes, mas isso se chama controle, e não personagem. Eu vou respeitá-lo, mas não deixarei de ser quem eu realmente sou. Cause isso problemas ou não.
As pessoas são diferentes do que se perfazem. Eu sou fã da maquiagem da cara limpa, da verdade, da honestidade. Do amor... não há máscara que possa esconder isso, nem mesmo quando as cortinas se cerram.
Quando eu era estagiária de um jornal, um dos meus editores vivia me chamando a atenção por ser alegre demais. Dizia ele que ambiente de trabalho é para ser sério. Não acho que sorrisos sejam sinônimo de falta de respeito. Ainda assim, tentei me controlar e fazer menos piadas no dia a dia. Mas nunca mudei de verdade. Gosto de ser alegre e trabalhar assim. Não precisei vestir nenhuma máscara de Darth Vaider para parecer sóbria.
Eu odeio essa história de máscara. Sempre que esse assunto surge é para tratar de decepções que colecionamos ao longo do nosso caminho. Se desmascarar é um verbo que sempre antecede algo ruim, porque usar máscaras na vida seria algo positivo?
Cada um de nós somos vários. Isso é fato. Tem a Joanna alegre, a triste, a confusa, a que trabalha, a que gosta de não fazer nada. Mas a essência é sempre a mesma. Você vive situações diferentes, mas o personagem é apenas um: você.
São capítulos de uma mesma história. A novela da sua vida, onde você vive seu sonho e seu drama.
Eu que não serei um gauche na vida e viver na sombra...
Que todos os anjos tortos que existem por aí... passarinho.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

IN PULSO

Eu acho que nasci impulsiva. Está no meu DNA, em cada fibra muscular, em cada célula. Sou cheia de movimentos involuntários. Respondo mal à pressão. Respondo rápido. Não penso. Quase sempre eu choro depois.

Agir sem pensar. Quantas vezes a gente escuta alguém dizer isso quando quer passar a idéia de arrependimento? "Desculpe, eu te trai. Agi sem pensar, foi só tesão". Ou "Eu falei um monte de bobagens para você porque estava de cabeça quente, agi sem pensar". Tem também o "Comi no burger king, sim. Eu não pensei nas calorias, só queria experimentar aquele sanduíche novo de três queijos...."

Tenho lá as minhas dúvidas se ficar pensando o tempo todo faz bem. Combinação de idéias... de palavras, de gestos. Tudo isso compromete a naturalidade da vida. Por que será que é necessário pensar tanto antes de tomar alguma atitude? Será que decidir algo pelo pulso nos coloca em risco sempre?

Já pedi demissão por impulso. Já mandei chefe para aquele lugar... Já terminei namoros por impulso. Briguei no trânsito. Mas no fundo eu sabia o que estava fazendo, sempre soube. Eu só não conseguia controlar, o que é bem diferente. É como se o arrependimento batesse em cada palavra que eu dizia... sensação muito esquisita. Só que não se podia evitar.

Eu acho que problemático mesmo, e maquiavélico, é agir com uma calculadora na mão, como se a vida fosse uma equação matemática. A + B = X. Eu sempre odiei o X. Puta letrinha sacana. Se fosse boa, não iria aparecer na palavra ex-namorado. X-burger dá celulite. Xuxa também tem X.

Não penso e não desisto. Logo, existo. Sigo em frente com essa avalanche de disparos axônicos. A minha bainha de mielina vive cheia. E eu não fico de saco cheio por muito tempo, porque eu descarrego mesmo. Seguuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuura!

Demorei uns cinco minutos para pular a linha. Olha que droga que é pensar. Se eu escrevesse esse texto direto, sem hesitar, talvez ele fosse mais sincero. Não é que eu minta nas minhas crônicas, mas às vezes elas são muito medidas. Nem sempre isso é bom. VIVA A REPETIÇÃO DE PALAVRAS, dane-se! O importante é passar a mensagem.

Sou apenas um sujeito simples em sua oração! (affe, isso eu já li em algum lugar. É, foi na gramática)

Eu dou choque, cuidado. Mas pelo menos eu posso dizer, orgulhosa, que nenhum dos meus predicados serão prejudicados.

Viva o pulso que não pára.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Paixão é mais forte do que o amor?

Todo mundo diz que o amor é o mais resistente. A paixão seria aquele fogo que queima sem doer, mas se apaga com o mais leve assopro. E um amor apaixonado? Estaria em qual categoria?
Se você ama alguém, automaticamente deixou de estar apaixonado? Se está apaixonado, quer dizer que ainda não ama? Paixão é a preliminar do amor, ou se pode amar alguém sem essa fase ardida e deliciosa?

Eu já me apaixonei e já amei e, na maioria das vezes, tudo começou com aquela sensação de borboletas no estômago. Aí as coisas evoluem, e quando você vê, já está vivendo aquelo namoro tranquilo, com sabor de fruta mordida. Já tive amores apaixonados, já sofri, já chorei. Já amei mais do que a mim mesma. E foi aí que eu aprendi.

Como são sentimentos muito diferentes, me pergunto: será possível amar uma pessoa e ser apaixonada por outra? Tem gente que diz que sim.

Outro dia mesmo uma amiga me disse que amava o namorado, mas não conseguia esquecer uma paixão que teve na época do colégio. Dizia ela que se tratavam de relações completamente diferentes. Eu digo com clareza que já enterrei muito bem minhas paixões passadas. Não voltariam jamais. O que fica para mim, na realidade, é aquela coisa de querer ver a pessoa feliz, sem mágoas, só com lembranças boas. Já reparou o quanto o amor é seletivo? É incrível, mas quando você gosta/gostou de alguém muito, você só consegue se lembrar das coisas boas. Mesmo que tudo tenha acabado da pior forma possível.

Os homens que traem as esposas, por exemplo. Já vi tanto isso acontecer em novela, será que não há um fundo de verdade nisso? Tá, é verdade que a maioria trai por sexo, pela carne e só. Mas existem aqueles que amam suas companheiras e, mesmo assim, vez ou outra, sentem uma quedinha por outra pessoa. Tem quem resgate algo do passado com isso... reviva uma situação mais adolescente. De fato, essa época da vida é maravilhosa... até o sofrimento consegue ser doce. De repente aparece na sua frente alguém que preenche o que a outra pessoa não consegue. E aí é um problemão... porque vc não consegue se desfazer de ninguém. Aí corre-se o risco de ficar é sozinho.

O amor é maravilhoso. Você se sente bem sem fazer nada. Você faz nada acompanhado, é tão bom! Tudo fica mais calmo e gostoso. É navegar em águas tranqüilas. É cinema, dvd, teatro, dia de preguiça na cama, conchinha, compreensão, cafuné, ligação de bom dia... Mas o barco às vezes dá um enjôo... Aquela chuvinha todo dia pode alagar o terreno. Melhor mesmo é a tempestade! Leva tudo embora de uma só vez... olha aí, não há um consenso sobre qual sentimento é melhor. E se os dois forem necessários? O que é que se faz?

Não sou nem um pouco a favor de uma vida dupla. Sou monogâmica e defendo a relação leal e sincera. Mas vejo isso acontecer o tempo todo, por isso que fico tão hesitante. Queria saber se é de fato possível essa divisão. Ou melhor: essa compensação.

Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que o amor possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança. "Em termos evolucionários," - ela completa - "não necessitamos de corações palpitantes e suores frios nas mãos". Uau, heim! Se a paixão é uma reação química, certamente a fórmula do amor repete alguns componentes.

Independentemente de todos esses quesionamentos, o que importa é vivenciar suas dores e delícias.

Esse texto tem mais perguntas do que respostas. É que de fato não existe e jamais existirá uma ciência que explique esse processo todo à contento.

Amor é bossa nova, sexo é carnaval.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Uma aula com astros da NBA...





I LOVE THIS GAME!!

Se tem um esporte que eu sempre gostei de jogar é basquete. Desde pequena sou fascinada pela bolinha laranja, que hoje existe em todas as tonalidades possíveis, é verdade. O problema era que essa modalidade não era muito praticada pelas mulheres, coisa que acontece até hoje... elas preferem o vôlei.
Outro dia eu pude matar a saudade. Durante um evento da NBA, eu reaprendi a arremessar com ninguém menos do que Nenê Hilário, Anderson Varejão, Sam Perkins e o animadíssimo haitiano Samuel Dalembert.
Ao ver o pivô ensinar as crianças da Favela Coliseu, eu tive que fazer algo a respeito. Não poderia ir embora sem antes tentar um arremesso. Cesta!



A fila dos pequeninos demonstrou solidariedade e deixou que a repórter aqui praticasse um pouco, até que eu fizesse a redinha saracotear. Quando eu acertei a primeira de chuá, o pivô haitiano lembrou de um episódio que ele viveu ainda criança em sua terra natal.
- O meu país é muito pobre. Quando ganhavámos algo donativo do governo a alegria era tão grande que parecia que nós erámos esportistas milionários.. Ver você acertando uma bela cesta nessa favela brasileira, me fez lembrar que dá para brilhar em qualquer lugar.
óia!!!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Clássico é clássico e...

A história de um clássico começa a ser construída muito antes do apito inicial do juiz. Eu diria que a data marcada já sacode as emoções dos jogadores, mesmo aqueles tidos como mais experientes. O clássico é sempre uma final para a torcida, que aproveita a semana que antecede a partida para desafiar o "inimigo", e a vida inteira para as provocações. É um daqueles jogos que se torna eterno.

Sábado tem Corithians e São Paulo no Morumbi. O horário é ingrato: 20h30. A escolha sabe lá Deus quem fez.

O Corinthians não vence há quatro anos. Para ser mais exata, há 12 jogos. Um tabu bem gordinho para o técnico Paulo César Carpegiani abater. Por isso mesmo a responsabilidade dupla dessa partida. O Timão precisa desfazer esse caroço non angu, e o Tricolor já tem a vitória como obrigação.

E quem precisa mais da vitória?
Segundo o zagueiro Miranda, é o São Paulo, que briga pelo título.
E o Corinthians? Briga pelo o quê?

terça-feira, 10 de julho de 2007

O Tempo explica tudo. Saber escolher é saber economizar as suas horas. O tempo é aquele que não precisa ser questionado. E as pessoas que não fazem nada, nunca têm tempo. Nós matamos o tempo... mas é ele que nos enterra.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

E A PALAVRA É... ACELERADO!!!

Um homem vai devagar pela avenida.
E qual seria o ritmo da vida?
Qual a velocidade ideal para dar os primeiros passos?
E os últimos? Deveriam esses ser vagarosos?
Quantas perguntas, meu Deus. Meus neurônios estão preguiçosos!
É tarde da noite. Meu sono está demorando para chegar.
Igual a pizza que eu pedi outro dia.
Foram 45 minutos de espera. A mussarela havia esfriado.
Eu costumo ser acelerada.
Mas tem hora que eu acho que o mundo é que é muito devagar.
E tem hora que eu sou lenta.
Muito lenta...
Como a música que eu tirei no piano na quarta-feira.
Mas o rock é rápido.
A salsa é cadenciada.
O que é melhor?
Uma mulher corre na avenida.
Se ela está atrasada eu não sei
Cada um tem o tempo que quiser, certo?
A noite aqui é dia no Japão.
Se isso fosse música, eu teria perdido o refrão.
Ou não?
Pergunta é sempre rápida. A resposta é que às vezes demora.
O que é bom passa depressa
e a dor não vai embora jamais.

sábado, 16 de junho de 2007

Like a Rolling Stone

Jorge Wagner declarou essa semana que o São Paulo vai brigar pelo título do Brasileirão. Estranho seria se o lateral-esquerdo dissesse o contrário, certo? Mas vamos ao que realmente interessa. Será que o Tricolor, atual campeão da competição, tem bala para dar a volta por cima e conquistar o bi?

PRIMEIRO PROBLEMA: Volantes

Fredson está fora do páreo, já que acabou de operar o joelho. Josué está com a seleção brasileira e ainda não renovou seu compromisso com o Tricolor. Tudo leva a crer que o volante vai promover uma nova novela, no mesmos moldes que fez Mineiro. Aí restariam Richarlyson e Hernanes. E olha que nenhum dos dois gosta de atuar como primeiro volante. E pensar que eu ouvi de muito são-paulino que o clube não precisava contratar volante. Leco bem que tentou tirar o Adoniran da lista de prioridades de Luxemburgo, mas o menino acabou indo parar na Vila mesmo assim.

SEGUNDO PROBLEMA: Abertura do Mercado Europeu

Em Julho o terror dos times brasileiros recomeça. As portas do mercado europeu se abrem e consigo levam os melhores frutos dos campos brasileiros. E o São Paulo já pode se preparar para perder pelo menos dois jogadores de seu atual elenco titular. O lateral-direito Ilsinho está na mira de Chelsea e Milan e o atacante Leandro já tem sondagem do Hertha Berlim. O zagueiro Alex Silva também está na mira de outros clubes, além do meia Souza, que não está lá muito feliz no Tricolor. Era bom a diretoria já começar a pensar nas peças de reposição...

TERCEIRO PROBLEMA: Falta de padrão tático

Tudo bem que para esta partida contra o Vasco o São Paulo foi obrigado a fazer muitas alterações, já que o time está cheio de desfalques. Mas mesmo quando o Muricy conta com todo o plantel, a equipe vive sofrendo com a mudança de plano tático. O time está sem padrão algum. E se você pergunta algo relacionado a isso para o professor Muriçoca ele responde com total irritação. Essa coisa de colocar os jogadores em várias funções já não está mais funcionando, mestre...


QUARTO PROBLEMA: Ataque que não faz gol

Parece incrível, né? Se for tomar como base o ano passado, quando o São Paulo teve o goleiro como artilheiro já dava para ter uma noçãõ do problema. Nada contra um time ter vários goleadores, ao contrário. Quando mais jogadores aptos para enfiar a bola no gol, melhor. Mas o problema é ver zagueiro e goleiro marcando enquanto os JOGADORES QUE SÃO PAGOS PARA ISSO não fazem o serviço. Eu acho incrível, por exemplo, quando um jornalista pergunta para o Alex Silva há quantos jogos ele não marca. CARAMBA, NÉ? Como se fosse obrigação dele...

Porque a vida é feita desses momentos...


Essas meninas merecem um post. Noite divertida, de risadas regadas à tequila. Depois eu retomo a parte "séria" do blog. É necéssário desconstrair de vez em quando... afinal de contas, fim de semana nem sempre é feito de futebol.

domingo, 27 de maio de 2007

UMA TARDE NO MORUMBA


Taí uma foto do estádio do Morumbi...

Virado à paulista

Ódio, amor, paixão, loucura!
Tudo parte de uma mesma farinha
Parte de uma doença que antes eu não tinha
É a alquimia de quem sofre
A mistura esnobe
Dessa receita que desandou meu coração

quinta-feira, 24 de maio de 2007

ELA. QUEM É ELA?

Ela já está debruçada no meu ombro direito
E eu a aperto com gosto.
Não quero perdê-la mais uma vez
Ela que me falta há tantos dias

Na verdade, ela chega mas nunca me alcança
Eu sigo frustrada sem poder tocá-la
Mas ela me toca de qualquer maneira
Não vejo a beleza
Só enxergo a escuridão.
Ah, ela.
A noite.
Dos bêbados e dos equilibristas
Minha cúmplice calada
Vide este céu sem estrela, que rouba minha inspiração
Ah, ela.
A noite que vem de qualquer maneira
E ela sempre a cidade alcança
Eu gostaria de perdê-la mais uma vez
Assim quem sabe eu sonhe
Já que sonho bom me falta há tantos dias.

UM JOGUINHO DE PALAVRAS

Um desejo lúcido
De um caso antigo
Antigamente doce
Verdadeiramente ambíguo
Ambivalente como o sonho
Sonhando eu vou com vontade
À vontade estou com a saudade
Maldade sua me deixar tão só.

Só porque você pensou
Que eu pensei que fosse simples
Simplesmente me entregou
Como a pérola na lama
Ainda diz que ama.
E eu só acho que é surto
O certo é que eu espero
E a esperança são dois
Maldita dor é essa
Insana e provocativa
Nos teus pés eu vejo
As pegadas da sua vida
O caminho que te levou
A estrada que não deveria.

Ai, esse disco riscado.
É sempre tudo igual
QUERO VENDAVAL!

SÓ MAIS UM GOL DE PÊNALTI

Foi só mais um gol de pênalti, para que tanto alarde?
E olha que saiu tarde.
Aos 41 anos, sem pompa, porém cheio de glamour.
Um tento que saiu do tombo, foi pensando por minutos e comemorado por antecipação.
Que decepção.
Sei que pode parecer exagero,
mas é que eu esperava um gol que partisse de um lance mais bonito
É, Romário estava aflito.
E essa afobação acabou tirando o brilho do momento mil
Aquele que esperava todo o Brasil.

Um gol pausado, com paradinha
Em câmera lenta
Assim o coração não aguenta!
Cobrança perfeita
Isso eu não nego
Mas gol de pênalti, na loteria do futebol, só conta se vale título, se vale vitória
Não possui sozinho tanta glória
Romário, eu esperava mais
Desculpe a sinceridade com esta rima malfeita
Mas para Pelé, o mil foi só mais um
e para vc, foi o último melancólico.

NAO GOSTEI E PONTO COM.BR

terça-feira, 8 de maio de 2007

APRENDENDO COM A TRISTEZA

É, não tem jeito. O ser humano só aprende sofrendo. Quem é sempre feliz não conhece o meandros da vida. Ai, e como ela teima em caminhar torta.
Estou dentro do taxi. Não aguento, preciso desabafar. O computador é o vício que me abriga neste momento.
A inspiração é traiçoeira. Quantas vezes eu quis escrever algo bonito e não consegui. Estava sorrindo demais para lidar com as palavas. E a luta com elas, como o poeta diz, é a luta mais vã.
Então eu fico aqui, escrevendo... para não precisar falar.
Dane-se que estou dentro do taxi, balançando... nada está mais mexido agora mesmo do que o meu coração.

NEBLINA

Tem muita neblina na minha paisagem. Mas você está sempre dentro dela, embora às vezes eu não consiga enxergar.
A neblina confunde os sentidos. A rota que eu sigo atentamente está sempre ameaçada por ela, que chega assim, no fim da tarde, e só vai embora quando o sol já está no alto fritando o asfalto da estrada.
Eu nada posso contra a neblina, porque ela existe, vai estar sempre lá. Ela é dona de suas vontades. Mas eu enfrento, mesmo sabendo que ela pode não ter fim e se manter presente até o último metro do caminho. Eu passo por cima, com jeitinho, e ela se disspipa tão dengosa. Chego até a me acostumar com ela. Me aconchego na neblina. Neblina. Não no nevoeiro.
Não dizem por aí que a estrada vai além do que se vê? É por isso que eu acredito que se eu não consigo ver o fim da rua, é porque ainda existe chão para ser pisado. Então a neblina me ilude. Me enche de esperança. Ela me dá a idéia de que a estrada vai até onde a gente quiser, mesmo que em alguma parte dela exista mais de uma direção a seguir.
Neblina............ eu não tenho medo de você.
E você aí. Saiba que não existe neblina que me faça apagar você do meu caminho.

domingo, 6 de maio de 2007

FRASES DO DIA

Camisa ganha título -
É só ver o resultado dos campeonatos estaduais. Em alguns casos a dita cuja jogou sozinha... Lá no Morumbi principalmente.

Homem é criado para ser Fortaleza, não para se relacionar com uma -
Realmente o mundo continua muito machista e isso me irrita mais do que irritaria Fernanda Young.

Meu nome é Éneas -
Em homenagem ao deputado que deixou a esfera terrestre neste fim de semana

Vai passar -
Porque tudo passa, até uva.

Estou aforismática hoje. Queria poder resumir um livro em uma única frase. Abreviar o dia difícil. Essas frases todas que eu citei tem um significado para mim nesta madrugada. A explicação só serve a mim, porque se escondeu atrás da porta e não quer sair. Azar o seu que tenta adivinhar o que eu estou sentindo.

As palavras contam tão pouco. Elas saem como facas, pontiagudas. Mas não valem nada perto de tantas outras coisas que eu faço...

Eu sei, é um desabafo tão torto, mas é que hoje estou indo dormir feito um anjo... daqueles que vivem na sombra...
Aí, e agora, Joanna?
E agora nada. Vá dormir antes que te chamem de Joanna, a Louca.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

BIB BROTHER CORINTHIANS

E o próximo eliminado é... Magrão!
Pois é. O volante da Fiel, ao que tudo indica, vai abandonar o barco. Não exatamente por sua vontade, mas devido a sonolência da diretoria corintiana.

Estive com Magrão na última terça-feira em Atibaia. Batemos um papo de uma hora e meia, com muitas revelações e desabafos. A figura do torcedor Magrão com a do dono da camisa 11 se misturam o tempo todo. É engraçado vê-lo analisar a situação do time. Sempre acaba saindo um puta que o pariu!!!!!!!!!!!!!!!!! (Foi mal aí o palavrão, mas precisei dele para dar realidade ao post)

Eu vou falar que nem vi o jogo contra o Náutico. Depois que saiu o segundo gol, eu fui ver o LOST, porque se é pra ver perdido na televisão, eu prefiro o Jack e o Sawyer... hehehehe (Amor, brincadeira, viu...!)

Enfim, estou de mau-humor, na TPM, zangada com algumas pessoas, triste com outras, tem uma espinha chata na minha testa e meu ovo de páscoa acabou! Ahhhhhhhhh

Descobri que meu blog é até que bem lido... hehehe. Vc aí que entrou só para dar uma bisbilhotadinha na minha vida, sinta-se à vontade! No orkut também. Não tenho nada para esconder, muito pelo contrário... e se tivesse, não iria ficar desabafando na internet, não é?

Inveja é a forma de admiração mais complexa que existe. Então... obrigada ;)

Beijo para todos! Pra vc tb, bisbilhoteiro (a)!!

domingo, 15 de abril de 2007

CONFESSO QUE VIVI

EU DEI BOLA PARA UM JOGADOR!

Calma aí, mentes apressadas. O título do blog se refere à atividade inusitada que eu desempenhei neste sábado, durante a primeira partida das semifinais do Paulistão 2007. A fim de evitar problemas nesta fase da competição, a Federação Paulista de Futebol resolveu escalar mulheres para atuar como gandula. E eu fui uma delas, afinal, não basta ser repórter, tem que participar.

A primeira etapa da jornada-gandula foi um treinamento no Pacaembu, local da partida.

Como você pode notar na foto ao lado, foi divertido. Eu brinquei muito e não vi dificuldade alguma no trabalho. Mas observando o desempendo de algumas das meninas, cheguei a ficar preocupada. Se confundiam com facilidade e corriam pouco. Quando voltei à sede da federação, o comentário de alguns funcionários era maldoso. Muitos ali não confiavam na capacidade delas. ( E da minha, será???!)

Eu pedi ao Coronel Marinho para ficar atrás do gol, em frente ao Tobogã. Queria ficar longe da torcida o máximo que pudesse, com medo de ouvir besteira. Fui advertida que ali era a posição que mais exige atenção e corrida e aceitei assim mesmo. Não sou maratonista, mas não tenho problemas para dar um pique básico.

Sábado, dia do jogo. Nos encontramos às 14h na sede da Federação Paulista. Lá provamos o uniforme e já saímos devidamente trajadas rumo ao Pacaembu. Foi uma sensação. Todo mundo queria ver as gandulas, era muito engraçado. No meu caso, fui sacaneada pelos colegas jornalistas, que tomaram um susto quando me viram ali com o uniforme da federação. Mas todo elogiaram a iniciativa.

No começo, até brincamos com a torcida. Eu agitava as meninas para saudar o pessoal da arquibancada, e fomos até que bem recebidas. Só um detalhe atrapalhou um pouco e eu nem havia reparado, mas os olhos atentos do torcedor santista não perdoaram: Usávamos um agasalho tricolor: calça preta, blusa vermelha e casaco branco... muitos santistas não deixaram passar a coincidência. E falando em uniforme, apesar da Federação ser patrocinada pela Topper, cada peça que usamos era de uma marca diferente. Foi fita isolante para tudo quanto é logo.

Tomei duas garrafas de isotônico porque o calor estava infernal e fomos para o vestiário fazer nossa “preleção”. Gandula também discute esquema tático, gente! Eu, por exemplo, fiquei na posição número 1, a única gandula que não tem ajuda extra de uma companheira. O resultado dessa escolha é que eu correria mais do que as outras, e sob o olhar atento do simpático Coronel Marinho.

Mas na hora do jogo mesmo, confesso que fiquei um pouco temerosa. A área de minha responsabilidade estava repleta de fios. Toda vez que eu ia correr, pensava que poderia tomar um tombo espetacular, que seria vaiado por um estádio lotado! Mas eu não caí, graças a Deus.


Em compensação, nem começou a partida e eu já percebi o quanto o gandula necessita da imparcialidade. O cidadão aí na foto acima é o Nilton, preparador de goleiros do Bragantino. Ele me infernizou para que eu entregasse a bola do jogo para ele treinar com o Felipe, arqueiro titular do Leão. Foi inconveniente, grosseiro e merece ser citado aqui. Olha a foto! Não preciso nem falar mais nada, não é mesmo? Gandula sofre... Se fosse um garoto contratado pelo time mandante, com certeza a bola da Federação já teria ido pro saco...
Fora isso, nada demais aconteceu comigo, mas algumas meninas foram ofendidas pelos jogadores. O zagueiro Antônio Carlos, por exemplo, xingou uma das meninas porque ela colobou a bola no lugar certo e não onde ele queria. Ah se tivesse sido comigo...

Uma outra gandula, que ficou na lateral do campo, fez uma grande besteira, que lhe rendeu “elogios” durante toda a partida. O Santos cobra falta e, com a bola já em jogo, ela lança uma outra para um jogador do Bragantino. Nenhum dos dois, nem ela nem o dito cujo, tinham visto que a partida já estava rolando normalmente. E dá-lhe vaia.

No primeiro tempo eu devo ter corrido atrás de umas oito bolas. No segundo nem isso. O ataque do Bragantino não estava tão inspirado e, de fato, eles estavam até satisfeitos com o empate. Como a pontaria não estava tão ruim, não precisei ir buscar a bola perto da torcida. Essa foto abaixo é culpa do fotógrago, MARCOS RIBOLI, que jogou de propósito a redondinha para longe, só para me fazer correr e ouvir umas "declarações de amor".




Como a minha posição era distante da arquibancada, se fui xingada não ouvi. E já que eu não fiz nenhuma lambança, não houve manifestações em massa. Saí ilesa e minha mãe foi poupada!

Fim de jogo! A participação das meninas super-poderosas foi um sucesso!
Nova reunião nos vestiários e o resultado? Fomos aprovadas!
Fomos rápidas e imparciais! O Artur Alves, nosso "treinador", até exagerou nos elogios.

- Vocês foram perfeitas e vão mudar os rumos do futebol. A partir de hoje fica a sugestão de que só deveriam ser utilizadas gandulas mulheres.
As meninas se encheram de orgulho e garantiram que não vão parar por aí. Cada uma recebeu o cachê de 50 reais, o uniforme que usaram e voltaram para casa cheias de vontade de fazer tudo aquilo novamente.

Quanto a mim, estou morrendo de dor na panturrilha! Mas valeu pela experiência. Foi bom “participar” do jogo. Mas no fim de semana que vem estarei do outro lado...




segunda-feira, 2 de abril de 2007

Lira do amor romântico

Atirei um limão n'água
e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:
Quem tem amor tem coragem.

Atirei um limão n'água
e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:
Melhor é o beijo roubado.

Atirei um limão n'água,
como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:
odo amor vive de engano.

Atirei um limão n'água,
como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:
Joga fora teu ciúme.

Atirei um limão n'água
mas perdi a direção
Os peixes, rindo, notaram:
Quanto dói uma paixão!

Atirei um limão n'água,
ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes:
faltava-me o teu carinho.

Atirei um limão n'água,
o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:
é dor de quem muito amou.

Atirei um limão n'água,
o rio ficou vermelho
e cada peixinho viu
meu coração num espelho.

Atirei um limão n'água
mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado
me lembra o que já sofri.

Atirei um limão n'água,
antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram
de amar com falta de jeito.

Atirei um limão n'água,
fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou
da pedra no meu caminho.

Atirei um limão n'água,
de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:
Infeliz quem não amou.

Atirei um limão n'água,
antes atirasse a vida.
Iria viver com os peixes
a minh'alma dolorida.

Atirei um limão n'água,
pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram
porque tu me abandonaste.

Atirei um limão n'água.
Foi tamanho o rebuliço
que os peixinhos protestaram:
Se é amor, deixa disso.

Atirei um limão n'água,
não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,
tu me terás esquecido?

Atirei um limão n'água,
caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:
Fui passado para trás.

Atirei um limão n'água,
de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:
Você não ama: tortura.

Atirei um limão n'água
e caí n'água também
pois os peixes me avisaram,
que lá estava meu bem.

Atirei um limão n'água,
foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:
Hás de amar eternamente.

sexta-feira, 30 de março de 2007

A GAROTA E O BIS

Daniela não tinha mais nada para fazer naquela tarde. Sentia-se mal pela monotonia. Então, para passar o tempo, resolveu arrumar seu armário. Quando o abriu, só havia caixas e mais caixas, empilhadas e mal dispostas, seguras apenas pela porta. Mas uma lhe chamou a atenção: era azul e vermelha, que se destacava, pois era a caixa de um sapato que ganhou de um ex-namorado. Tinha significado. Para ela, aquele pedaço de papelão, todo amassado, era como se fosse uma parte dele que ela podia conservar. Não poderia jogar fora. Pensamentos como “ele tocou aqui”, ou “naquele dia ele estava tão bonito”, não paravam de pulular em sua memória.

Não demorou muito e ela abriu a caixinha. Dentro dela apenas duas coisas: uma flor seca e um chocolate “bis”. Detalhe: estavam guardados há oito anos.

As pessoas tem essa mania de guardar objetos que nem sempre possuem valia eminente. Apenas para os donos existe a razão. O objeto de estimação alimenta um lado quase sempre positivo nas pessoas. Há gente que guarda papel de bala, pedaço de cabelo, retalhos de uma roupa, pedacinhos de momentos felizes. Há quem engavete o primeiro sutiã, uma calculadora que ganhou em um sorteio, uma bolinha de papel alumínio “ganha” em uma festa de aniversário pelo pai, bilhetes de viagem, de cinema, de boliche. Trata-se de uma infinidade de coisas frívolas, mas com uma carga de lembranças e sentimentos enorme. Faz com que você ateste seu passado, para que ele seja capaz de ser vivido quantas e quantas vezes você quiser e precisar.

Mas tem aquelas coisas que você guarda e nem sabe direito o por quê. Uma amiga minha de faculdade, por exemplo, conserva um caroço de pêssego e não sabe explicar o motivo. Diz ela que acha bonito, mas não se lembra do significado que tinha a princípio. No entanto, não consegue se desfazer dele. Aí, a semente fica lá, reservada, com uma grande chance de se tornar importante um dia qualquer. Mas hoje não tem a menor relevância.

Agora, voltemos a falar de Daniela. Ela tinha até esquecido daquela caixa. Se a tivesse jogado fora, provavelmente não lembraria que a ganhou um dia, e que nesse mesmo dia passou um momento feliz. O “bis”, coitado, de oito anos atrás, sobreviveu heroicamente, resistiu ao tempo. Quando a embalagem foi aberta, o ancião chocolate se decompôs. E esfarelou, assim como o amor que Daniela sentiu um dia.

quinta-feira, 22 de março de 2007

e a palavra do dia é: AMEAÇA

Ao primeiro olhar, essa palavra parece tão ruim.
A ameaça nos ameaça, só de pensar.
Soa gelado no ouvido.

Mas ameaça é começo. Quem sabe um pensamento.
Uma idéia que apenas pretende dobrar a esquina.

É tentar fugir de casa e encontrar abrigo no tronco do limoeiro.
No mesmo quintal. É não deixar.

É o grito. Não a ação.
É um desejo que morre assim que a última palavra deixa a garganta, toda voraz. Você quer e não quer. Você pensa, mas não realiza.
Nem sempre é o que imagina.

A ameaça é só uma intenção fracassada.
Se alguém te ameaça, é porque não é capaz de nada, a não ser te aborrecer por uns dez minutos.

Se ameaça chover, você apanha o guarda-chuva e o problema se resolve.
Quase sempre não pinga uma gota sequer para molhar seu casaco.

O atormentado que ameaçou se jogar do prédio
Era o mesmo que chorava no sofá da sala trinta e dois minutos depois.

Se a ameaça virar motivação, ótimo.
Contrataram uma estagiária loira para o seu marido
O personal trainer da sua mulher tem 60 centímetros de bíceps
E você continua a ler o jornal tranqüilo no jardim
Afinal, a confiança é a base de tudo
Mas não custa nada, nada dar um beijo mais demorado depois do jantar.
Só para mostrar que está ali
E que o amor não vai azedar.

Ameaçar é o princípio do desafio
Eu, por exemplo, fui ameaçada por esta folha em branco
E convêm que eu repita o hábito.

terça-feira, 20 de março de 2007

OS MIL MOMENTOS DE ROMÁRIO

Se atacante vivesse só de gol, hoje em dia muitos deles estariam na fila do INSS.
Olha o exemplo do São Paulo, que ostenta o título do ataque solidário. É tão democrático esse lance de chutar para o gol no Morumbi que o artilheiro do ano passado do Tricolor foi o goleiro, Rogério Ceni, e o deste ano é um zagueiro, o Alex Silva. Irônico?

Tem gente que simplesmete não liga para o gol. Afinal de contas, ele é só um momento. Do que vai adiantar marcar quatro gols em uma partida só e o time sair derrotado por cinco? Tem jogador que se preocupa com o resultado, e não com um mero recorde pessoal que tende com um tempo a virar bibelô de estante empoeirada. O que vale mais? Ser artilheiro ou ser campeão?

Nada contra os matadores, ao contrário. Pertence a eles a magia do futebol. Eles marcam, eles comemoram, eles viram ídolos. O resto acaba com a pecha de coadjuvante. Às vezes de luxo, é verdade. Mas só coadjuvantes. Quem se lembra daquele meia que cruzou o campo todo para chegar na lateral e fazer aquele cruzamento, para aquele gol? É muito mais difícil, certo? O assistente só assiste... a fama que é destinada ao goleador.

Romário tem a fome e o egoísmo de matador. A frieza cirúrgica e precisa. Não pisa na grama a toa. Não foi feito para pensar no jogo. Ele está lá para viver o momento do futebol, o gol. Os seus momentos.

Maradona fez só 345 gols na carreira e reina absoluto na Argentina. Romário vai chegar ao milésimo e não chega perto da unanimidade do hermano. E porque será?

Eu não vi o milésimo gol do Pelé. Mas vou presenciar o gol número mil do Baixinho. E certamente vou me orgulhar. Quero ver de perto esse momento. O momento mil.

A IDEOLOGIA E O SONHO

A bandeira da ideologia que tantos carregam por aí é sustentada pelo braço de um sonho.

Há quem diga que quem possui uma não passa de um deformador da realidade. Mas se ideologia é uma visão de mundo, porque haveria de ser considerada deturpada?

Eu disse uma, e não a. É a de artigo indefinido.

Eu sou a favor da monogamia. Esta é a minha ideologia quando o que se discute são as opções de relações pessoais. Há quem goste de multiplicidade. Os árabes que o digam. E quem aqui está errado?

Eu adoro carne vermelha, por mais que eu sinta meu estômago queimar toda vez que como picanha. Minha vizinha é vegetariana e só come verduras e similares. Deixa ela ser feliz com o matinho dela, uai. E eu continuo com a minha maminha mal passada, claro. Talvez nossa diferença sensível fique por conta da taxa do colesterol.

Eu sou espírita. Tenho muitos amigos evangélicos. Católicos são a maioria no mundo. E a unanimidade é burra ou não?

A ideologia seria uma olhadela particular sobre o mundo. Algo de cada um. E sendo assim, estaríamos sempre fadados a fecharmos a cabeça para novas idéias. Eu discordo.
Não existe ex-gay, mas existe ex-vegetariano. É, tem gente que não agüenta viver sem carne.

As idéias mudam, os sonhos mudam... o que dificilmente se altera, depois de alguns anos, são os princípios. Também sou do time que acredita que não existe ex-mau caráter.

E falando em time, meu irmão era palmeirense, virou são-paulino e hoje torce pelo Corinthians.
Viu só? Nunca é tarde para achar a sua ideologia clubística.

Viva a variação das idéias. Só assim a vida tem graça.

segunda-feira, 19 de março de 2007

A MAÇÃ

A fome que eu sinto agora
Não é a mesma de outrora.
Por que raios falam que a maçã é a fruta do pecado?
A fruta que brota da terra temperada
Surge para destemperar tudo.

Não, eu não vou abrir mão da minha macieira
Quero viver meus pecados, todos eles.
Provar da fruta ainda verde
Viver assim uma idéia original
Virginal.
Irresistível.

Acha mesmo que eu vou me furtar a mordê-la?
Quero me lambuzar do mel da fruta madura
Padecer no paraíso que pode ser um inferno
Viver o prejuízo de fazer o que eu quero
Lucrando pelo prazer de ser errada

Não, eu não vou entregar o meu tesouro
As maçãs não vão murchar na fruteira de prata
Vou aproveitar o gosto de cada uma
Para dar sabor aos meus dias

Não é pecado querer ser feliz
Não é errado provar o proibido uma vez
Liberte-se das amarras... plante seu pomar
Afinal de contas, o verdadeiro pecado da maçã é deixar de comê-la.

O verbo e a verba não são um casal.

Não se brinca com as palavras. Infelizmente tudo o que você diz hoje pode se voltar contra você amanhã. Não é a toa que temos uma boca e dois ouvidos. Pena que a gente sempre teima por falar demais...

Nós tendemos a confundir as coisas com facilidade. Eu mesma já me vi nesta situação milhares de vezes. Falei e nem percebi. Gritei e nem senti. Mas sofri depois como nem eu poderia imaginar.

Já briguei, me fiz de durona e logo que desliguei o telefone desabei em lágrimas. Sim, eu já chorei muitas vezes sozinha.

As relações de hoje em dia são confusas. Promíscuas. Complexas.

Você pode se apaixonar pelo seu chefe. Seu chefe pode se apaixonar por você. E aí? Qual relação será mais importante? A pessoal ou a profissional? Será que ele não vai pensar que você não passa de uma oportunista? E você, menina. Provavelmente tema que sua capacidade seja colocada de lado.

E o advogado que se apaixona pela cliente.

O bandido que morre de amores pelo carcereiro.

A estudante que ama matemática por causa do professor malhadão.

E o jornalista com a sua fonte.
De repente alguém importante vem e te conta algo bombástico. O que prevalece? Sua consideração por ela e a confiança ou os aplausos válidos por um dia?

Nem eu consigo entender o que eu estou dizendo. Mas eu precisava desabafar.
Porque as relações são confusas, eu já disse.

Será que não tem um meio termo? Tudo tem que ser levado a ferro e fogo sempre?
Confusas relações.

A boa profissional pode ter também boas intenções? Ou o bom repórter é sempre um filho da puta por natureza?
Ai, as confusas relações.
Prefiro pensar que é só uma fase. O tal dia do pé-esquerdo.
Nada como uma noite de sono para fazer tudo ficar idiota.
Ai, as confusas relações...

domingo, 18 de março de 2007

O amor a dois passos da utopia

E a palavra é... UTOPIA.

A concepção da palavra nos remete a algo que não tem chance de se tornar real
Uma missão impossível, um sonho. Ilusões absolutamente necessárias.

Ao pensamento é permitido voar alto. E foi isso que Marcelo fez quando se apaixonou por Isabella.

O amor é uma utopia, sim. Não deixa de ser uma aposta sem garantia alguma. Essas histórias de amores eternos são bonitas nos filmes. A realidade é um tanto mais torta. Qualquer um pode se apaixonar e se desapaixonar sem aviso prévio. No contrato do amor, a única multa rescisória é a dor profunda que atravessa até o pulmão.

No entanto, continuamos sonhando. Utopia é idealizar. E o que a gente faz quando gosta de alguém, me diz? É exatamente isso. Não é a toa que dizem que o amor é deficiente visual... nem poderia deixar de ser. A paixão gosta do que é perfeito. Não existe espaço para rasura.

Isabella desistiu então de Marcelo. A estaca zero voltou... e o amor passou a ser uma nova utopia em sua vida. O rapaz, apaixonado, parte em busca de novas Isabellas, e de cachos morenos.
Olha o perigo. Olha a utopia. Olha o medo. Olha o engano. Vai se meter de novo com isso, colega? Esquece os cachos, esquece o sorriso. Volte a sonhar com outras letras do abecedário.

Não sei porque eu resolvi fazer um paralelo entre o amor e a utopia.

O que, afinal, se pode concluir? Que o amor não passa de uma ilusão, assim como as milhares de utopias que nos alimentam ao longo dos anos. Alimentam e assombram...
Assombram...
A sombra.
O sonho.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar"
(Eduardo Galeano)

Mais uma rodada!

Hoje é domingo.
Tenho duas crônicas para escrever. Primeiro a de Ituano x Santos. Depois parto para o Verdinho, que encara o Sertãozinho.

O pior é que o laptop está lerdo e o publicador mais ainda. Tá mais devagar do que um fiat 147.

Quero fazer uma pensata rápida hoje, porque daqui a pouco começa a rodada. Mais uma rodada...

A palavra é ROSTO.

O rosto emoldura a alma.
Cria interpretações equivocadas
Gera sensações variadas.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Quem cultua o belo um dia também envelhece.

O rosto é o sorriso e é o choro
É a calma e a intempérie
Seu rosto eu gosto tanto
Mas odeio aquela espinha na minha testa
Ela apareceu nesta manhã cinzenta
E não foi por causa do chocolate da meia-noite

O rosto nos deixa nus
O rosto nos dá um nó
A confusão de aceitar a delícia
É muitas vezes abrir a porta do coração
Do seu inferno particular
Da caixinha da pandora que você esconde.

O rosto, meu rosto, seu rosto.
São tantos na multidão
Pode até ser que seu nariz seja tão batatinha quanto o meu
Ou talvez o modo de franzir a testa
Aquela ruguinha que pula quando estamos infelizes.
Mas minha expressão é só uma. E é só minha.

Não quero revelar o que eu sinto
Assim, mostranto o rosto
Mostrando a cara
Não quero encarar a verdade da minha olheira de cansaço
O rosto nos deixa nus.
E se transveste de sentimento.

Sim, eu os alimento.
A todo dia, a toda manhã.
O rosto é a minha janela da alma.
É minha maior declaração
Olhe pra mim, então.
E descubra a mensagem que tenho para você.

sábado, 17 de março de 2007

E a partida começou assim

O São Paulo sufocou a Macaca e está de olho no Peixe. Que fome essa a do Tricolor Paulista.
Pelo andar da carruagem, já é possível enxergar a final do campeonato. De um lado um aparente invencível São Paulo. Do outro, um Santos, o Santos. Previsível? Depende do ponto de vista. A resposta varia de acordo com seu autor. Ai, porque será que estou falando de futebol, heim. Mania de pensar em trabalho até quando a vontade é esquecê-lo.

E falando em previsível, choveu demais neste sábado. A terra ferveu nestes últimos dias e o céu aproveitou hoje e chorou à beça. Inundou a cidade, encheu de folhas o meu gramado. E continua pingando aqui. Plim, plim, plim.

Decidi criar esse blog para fazer chover. Quero ter o direito de soltar meus pingos por aí, para molhar quem eu quiser. Quero fazer derreter esse açúcar.

Mas escolhi um péssimo dia para começar este blog. Dia de pé esquerdo. Sabe, não estou muito inspirada para escrever. Talvez fosse melhor terminar as minhas tulipas, quadro que eu comecei a pintar em 1976 e ainda não consegui dar cor às folhas. Haha!

Estou atrasada. Ai. Alguém me espera.
Um dia eu termino de contar porque raios estou assim, meio assim, só assim.